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Interior

Helicópteros reforçam buscas por “Macho”, traficante mais procurado do Paraguai

Operação do Comando de Defesa Interna ocorre no departamento de Canindeyú, perto na linha internacional

Por Helio de Freitas, de Dourados | 01/07/2024 10:28
Helicóptero durante buscas a traficante em área de mata perto da linha internacional (Foto: Divulgação)
Helicóptero durante buscas a traficante em área de mata perto da linha internacional (Foto: Divulgação)

O Comando de Operações de Defesa Interna do Paraguai desencadeou ações na linha internacional com Mato Grosso do Sul para tentar localizar o narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, 41, o “Macho”, atualmente o bandido mais procurado em território paraguaio.

Com apoio de dois helicópteros, as buscas começaram no fim de semana e seguem nesta segunda-feira (1º) na região das colônias Britez Cue e Americana, a cerca de 30 km do município de Paranhos (MS).

Importante fornecedor de drogas a facções brasileiras, “Macho” chefia um dos cartéis do tráfico nos arredores de Salto Del Guairá e vem sendo apontado como responsável por dezenas de assassinatos na disputa pelo controle das rotas na região.

A quadrilha chefiada por Felipe Acosta é acusada pelo atentado a tiros de fuzil contra helicóptero da Força Aérea paraguaia, na semana passada. Dois militares ficaram feridos quando a aeronave sobrevoava áreas dominadas pelos traficantes.

O ministro de Defesa Nacional do Paraguai, general Óscar González, disse em entrevista à Rádio ABC Cardinal, que grande efetivo militar se instalou na região para localizar e prender “Macho”. O traficante tem proteção de um exército de pistoleiros que circula acompanhado de comboio de caminhonetes, a maioria roubada em território brasileiro.

González disse que o objetivo dos militares é prender Felipe Acosta e que o combate ao tráfico de cocaína e maconha desempenhado pela quadrilha está a cargo de outras agências de segurança. “Nosso objetivo é prender ‘Macho’, não podemos permitir que nossos efetivos entrem em contato e possam ser contaminados com esse ambiente”, afirmou o ministro.

Segundo a imprensa paraguaia, “Macho” utiliza o dinheiro oriundo do tráfico para comprar proteção de autoridades políticas e policiais do departamento de Canindeyú, cuja capital é Salto Del Guairá, cidade a 20 km de Mundo Novo (MS).

Até agora “intocável” em seus esconderijos em áreas de mata e reservas indígenas, Felipe Acosta segue no controle das rotas de cocaína trazida do Peru e de maconha, produzida na linha internacional.

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