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Interior

Operação contra bandido sanguinário termina com 9 pessoas mortas na fronteira

Confronto ocorreu no início da manhã desta terça-feira em Canindeyú; 9 seguranças de “Macho” foram presos

Por Helio de Freitas, de Dourados | 19/12/2023 07:57


Confronto entre bandidos e agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) deixou ao menos nove mortos na manhã desta terça-feira (19) no departamento de Canindeyú, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Grande quantidade de munições, armas automáticas de grosso calibre, inclusive metralhadora antiaérea, foram apreendidas (veja o vídeo acima).

A troca de tiros ocorreu durante a Operação Ignis, deflagrada pela Senad, FTC (Força-Tarefa Conjunta) e Ministério Público do Paraguai contra a estrutura criminosa de Felipe Santiago Acosta Riveros, o  “Macho”, considerado um dos bandidos mais sanguinários do território paraguaio.

Em setembro deste ano, pelo menos 50 homens armados do bando de “Macho” atacaram seis policiais da Divisão de Investigações que entraram na propriedade do narcotraficante. Um dos policiais levou um tiro na mão esquerda. A colônia fica no distrito de Yby Pytã, região perto de Paranhos e Sete Quedas.

A Polícia Nacional fez várias tentativas de prender a quadrilha, mas enfrentou resistência armada e até boicote de moradores e políticos da região que apoiam o bandido. Segundo a Senad, Riveros atua aos moldes dos carteis de drogas do México, se impondo através da força armada.

Mortos em confronto com agentes da Senad (Foto: Divulgação)
Mortos em confronto com agentes da Senad (Foto: Divulgação)

Na operação de hoje, conforme a Senad, as incursões contra o bando de “Macho” ocorreram por terra e pelo ar com helicópteros. Quando as equipes chegaram a uma das propriedades usadas como esconderijo por Felipe Acosta Riveros, seus seguranças reagiram atirando. Nenhum agente da Senad foi ferido.

Segundo a agência antidrogas do Paraguai, a quadrilha chefiada por “Macho” atuava no tráfico de drogas e promovia assassinatos de policiais paraguaios e brasileiros, além de rivais no comércio de drogas. Vários ataques a destacamentos policiais para resgatar presos são atribuídos ao bando. A Senad informou que o chefe da quadrilha não está entre os mortos.

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