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Interior

Grupo armado expulsa policiais de área dominada pelo tráfico na fronteira

Quadrilha de 30 a 40 bandidos é liderada por Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”

Helio de Freitas, de Dourados | 04/09/2023 15:00
Policial com ferimento de tiro na mão; ele e cinco colegas foram expulsos por narcos (Foto: Divulgação)
Policial com ferimento de tiro na mão; ele e cinco colegas foram expulsos por narcos (Foto: Divulgação)

Seis policiais paraguaios foram expulsos neste domingo (3) de área dominada pelo narcotráfico na fronteira com Mato Grosso do Sul. Um deles levou tiro na mão esquerda. Segundo os policiais, a gangue tinha entre 30 e 40 homens, todos armados.

O ataque ocorreu perto do povoado de Yby Pitã, no departamento (equivalente a estado) de Canindeyú. A região fica próxima dos municípios de Sete Quedas e Paranhos.

Segundo a polícia paraguaia, o bando é liderado pelo narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, um dos cinco bandidos mais procurados daquele país.

Com longa ficha criminal e condenado a 25 anos pelo assassinato de um pecuarista em 2005, ele está foragido desde 2017 após ser beneficiado com prisão domiciliar por recomendação médica.

“Macho” é dono de área de 150 hectares localizada na região onde ocorreu o ataque. Segundo a polícia, ele utiliza mão de obra indígena para cultivar maconha na fazenda. A quadrilha também é apontada como responsável por sequestros e assaltos na linha internacional.

A Polícia Nacional informou que mandou contingente de 150 homens para prender a gangue de “Macho” e esclarecer a situação. Os seis policiais expulsos do local são do Departamento de Investigações e alegam que estavam a trabalho quando foram descobertos.

Entretanto, a versão deles não convenceu o comando da corporação. Nesta segunda-feira (4), o subcomandante da Polícia Nacional, comissário Ramón Morales, informou que a história contada pelos agentes é duvidosa.

Segundo ele, existe suspeita de que os policiais foram ao local para extorquir Felipe Santiago Acosta Riveros. Recentemente, o traficante espalhou informação de que todos os policiais de Canindeyú estariam em sua “folha de pagamento”.

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