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Interior

Traficantes atiram em helicóptero e 2 militares ficam feridos na fronteira

Ataque ocorreu quando aeronave sobrevoava área dominada por narcotraficante foragido, perto de MS

Por Helio de Freitas, de Dourados | 21/06/2024 09:33
Militar mostra buraco na fuselagem de helicóptero causado por tiro de fuzil (Foto: Divulgação)
Militar mostra buraco na fuselagem de helicóptero causado por tiro de fuzil (Foto: Divulgação)

Dois militares ficaram feridos durante ataque a tiros contra helicóptero da Força Área do Paraguai, nesta quinta-feira (20), na fronteira com Mato Grosso do Sul. O atentado ocorreu na Colônia Brítez Cue, no departamento de Canindeyú, a 35 km de Paranhos (MS).

A aeronave estava a serviço da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite formado por militares paraguaios, e foi atingido a tiros quando sobrevoava área de atuação do cartel controlado pelo narcotraficante Felipe Santiago Acosta, o “Macho”.

Os feridos foram o coronel Luis Maria Sapriza Melgarejo (atingido na mão direita), e o tenente Fernando Dario Viveros Rojas, que sofreu fratura exposta no braço direito causada pelo tiro. Os dois foram atendidos no Hospital Regional de Curuguaty e depois levados de avião para a capital Asunción. Eles estão fora de perigo.

De acordo com o tenente-coronel Luis Apesteguia, porta-voz da FTC, nove militares estavam no helicóptero quando a aeronave foi alvejada a tiros de fuzil calibre 50 ou 7,62. As balas causaram buracos na fuselagem e o helicóptero teve de pousar em seguida.

Nesta sexta-feira (21), o ministro da Defesa do Paraguai, Óscar González, disse que os militares sobrevoavam a região em trabalho de inteligência para reconhecimento do local e que não tinham missão de enfrentar narcotraficantes.

Militar paraguaio ferido em ataque de traficantes recebe atendimento na fronteira (Foto: Divulgação)
Militar paraguaio ferido em ataque de traficantes recebe atendimento na fronteira (Foto: Divulgação)

“As operações de inteligência são rigorosas e não são operações de combate. Voos de reconhecimento têm que estar a uma altura para se ver o que ocorre abaixo”, explicou o ministro ao ser questionado pela imprensa paraguaia pelo fato de os militares não terem revidado aos tiros. Segundo ele, os militares cumpriram o protocolo, deixaram o local rapidamente e pousaram em local seguro, para atendimento aos feridos.

Segundo militares, os autores do ataque ocupavam quatro caminhonetes Toyota Hilux e abriram fogo com armas longas quando o helicóptero se aproximou do solo. Reforços da FTC e de outras forças de segurança se deslocaram para a região, para tentar localizar os bandidos.

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