Homem é preso e confessa assassinato de zeladora por não aceitar fim de namoro
Marcelo Camargo foi preso horas após o crime e confessou ter esperado a ex-namorada na rua, para matá-la; “ela não quis voltar”
Policiais civis do SIG (Serviço de Investigações Gerais) prenderam na manhã desta quinta-feira (17) o homem que matou a golpes de faca a zeladora Olivia Vilhalba Bonfim Fonseca, 48, hoje de madrugada, no Jardim Maipu, em Dourados, cidade distante 233 km de Campo Grande.
Marcelo Camargo, 36, ex-namorado de Olivia, foi preso em sua casa, a cem metros do local do crime, na região leste da cidade. Segundo a polícia, ele estava lavando as roupas sujas de sangue quando a equipe do SIG chegou ao local. Ela tinha terminado o relacionamento, mas Marcelo insistia na reconciliação.
Carta de amor – Os policiais também encontraram na casa a faca usada no crime, o telefone celular que Marcelo pegou da ex-namorada e uma carta, com as frases “Livia, Marcelo, Ti amo coração, amor da minha vida”.
Na 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por homicídio, Marcelo Camargo contou que ficou na rua esperando ex-namorada, de madrugada. Quando Olivia passou para ir trabalhar, ele a cercou e mais uma vez pediu para voltar. “Ela não quis voltar, tava com raiva de mim, não me quis mais. Aí eu matei”, afirmou ele em entrevista à rádio Grande FM. O homem já tinha sido preso por furto e receptação.
Pediu para não ser morta – Ele contou que ao ver a faca, Olivia pediu o ex-namorado não mata-la. “Se você me ama, não me mata”, teria dito ela, segundo o próprio assassino, que respondeu: “se você não ficar comigo não vai ficar com mais ninguém”. O homem disse que tinha sido traído pela ex-namorada e que sua intenção era matar Lívia e o atual dela, mas não o encontrou.
Marcelo disse que Olivia chegou a lutar, para não ser morta, mas foi golpeada com cinco facadas – duas no peito, duas no pescoço e uma nas costas. Ele contou ter levado o celular para ninguém entrar em contato com a mulher. Apesar de se apropriar do telefone, ele não deve ser autuado por latrocínio (roubo seguido de morte), pois, para a polícia, trata-se de crime passional.