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Interior

Homem morre e amiga diz que Samu recusou atendimento por ser "estrada de chão"

Caso está sendo investigado pela Prefeitura de Sidrolândia e coordenação do Samu

Ana Paula Chuva | 12/07/2021 13:17
Homem já morto caído no chão, no Distrito Capão Seco, em Sidrolândia. (Foto: Reprodução | Facebook)
Homem já morto caído no chão, no Distrito Capão Seco, em Sidrolândia. (Foto: Reprodução | Facebook)

Homem que não teve a identidade divulgada, morreu no Distrito Capão Seco, em Sidrolândia, cidade a 70 km de Campo Grande. Postagem no Facebook de uma amiga do paciente, afirma que o óbito foi em razão de recusa de atendimento por equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel à Urgência.

De acordo com o relato de Jhosyany Jesus, o homem teria passado mal, mas quando a família acionou o Samu teria sido informada de que aa ambulância não iria até o local por ser "estrada de chão".

"Acabamos de perder mais um companheiro de luta que passou e não resistiu e a ambulância não quis entrar na estrada de chão (...) quer dizer que uma pessoa pode morrer que elas não podem entrar para socorrer? Imagino eu que se fosse uma pessoa da família desse motorista ele entraria aonde fosse possível para socorrer mais como não foi o caso simplesmente disse que não poderia colocar a ambulância em estrada de chão", diz o texto.

Postagem feita no Facebook pela amiga do homem. (Foto: Reprodução)
Postagem feita no Facebook pela amiga do homem. (Foto: Reprodução)

Ao Campo Grande News, o coordenador do Samu, Ricardo Rapassi, explicou que, por telefone, a equipe de Sidrolândia informou que recebeu o chamado, chegou até o local e que se tratava de um óbito, situação confirmada pela solicitante também via telefone.

"Então entramos em contato coma equipe novamente e eles afirmaram que chegaram até o local. Estamos levantando a situação e vamos enviar o relatório para a secretaria local poder levantar o ocorrido  e, se houver, responsabilizar os culpados", afirmou Ricardo.

O coordenador também explicou, que a Capital faz a regulação das ocorrências de Sidrolândia, mas que a coordenação e administração das equipes é de responsabilidade da Prefeitura e da Secretaria de Saúde locais.

Também procurada pela reportagem, a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), informou que quem faz a regulação é uma central do Estado, porém já foi determinada a abertura imediata de um procedimento administrativo para averiguar os fatos.

"Discordo totalmente de uma atitude isolada e desumana do funcionário", declarou Vanda.

Ao Campo Grande News, a SES (Secretária Estadual de Saúde) disse que a regulação não é feita pelo Estado e sim pela Capital, no caso de Sidrolândia. Já o delegado Diego Dantas, titular da Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia, informou que a família não registrou boletim de ocorrência  sobre a omissão de socorro e nem foram acionados para o local do óbito.

"Ficamos sabendo dessa situação pela imprensa, mas não fomos procurados por ninguém até o momento. Então tendo em vista essas informações que estão circulando, a gente vai averiguar e iniciar uma investigação do caso, se houver algum elemento para isso", declarou Dantas.

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