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Interior

Homem que matou vizinha por vingança é condenado a 16 anos de prisão

Mulher de 28 anos foi morta com dez facadas em 2020 após denunciar pai do assassino por estupro de vulnerável

Ana Paula Chuva | 05/05/2022 12:39
Julgamento aconteceu no Fórum de Corumbá na quarta-feira (4). (Foto: Diário Corumbaense)
Julgamento aconteceu no Fórum de Corumbá na quarta-feira (4). (Foto: Diário Corumbaense)

Luciano de Oliveira Pinto foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão pela morte da vizinha de 28 anos. O crime aconteceu no dia 10 de outubro de 2020 e o autor passou por julgamento de seis horas na quarta-feira (4), no Fórum de Corumbá, cidade a 428 quilômetros de Campo Grande.

A defesa de Luciano chegou a requerer absolvição por clemência, exclusão das qualificadoras, no entanto, o juiz entendeu que a “culpabilidade do acusado é exacerbada”, já que agiu com intenção de matar ao desferir os golpes na vítima.

Segundo o Diário Corumbaense, a sentença foi proferida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Marcelo da Silva Cassavara. Luciano foi condenado por homicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.

Caso – A mulher foi morta na tarde de um sábado, na casa onde morava no Bairro Aeroporto, em Campo Grande. A vítima foi atingida por dez facadas na região da lombar, tórax, antebraço, perna e pescoço.  Ela chegou a ser socorrida, mas morreu dois dias depois.

Luciano foi preso no dia 13 de outubro, enquanto se apresentava à polícia. O homem é sobrinho do ex-marido da vítima e os dois tinham boa convivência até que a mulher denunciou o pai do autor por estupro de vulnerável contra  filha de 8 anos, em agosto de 2019.

Após a denúncia, as desavenças e ameaças começaram por parte do autor, conforme apurado pelo Diário Corumbaense, até o dia do crime. Ela deixou três filhos: duas meninas de 6 e 8 anos e um menino, de 2 anos, que estão sob cuidados de parentes. Já o pai de Luciano, acusado pelo crime de estupro, permanece preso.

Campo Grande News não divulgou o nome da vítima, seguindo determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), para não identificar a criança de 8 anos.

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