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Interior

Insistência de coveiro levou à descoberta de furto de corpo

Coveiro chegou ao trabalho e percebeu terra remexida, flores fora do lugar e marcas de pneu na capela; insistência dele fez polícia abrir a cova

Silvia Frias e Guilherme Henri | 14/02/2019 16:43
Cova foi aberta pela perícia de Aquidauana, com base em relato do coveiro de Dois Irmãos (Foto: Marina Pacheco)
Cova foi aberta pela perícia de Aquidauana, com base em relato do coveiro de Dois Irmãos (Foto: Marina Pacheco)

Foi a insistência do coveiro do cemitério de Dois Irmãos do Buriti que revelou o fruto do corpo de Rosilei Potronieli, 37 anos, na terça-feira (12). Ao chegar para trabalhar naquela manhã percebeu vários sinais que o levaram a crer que algo estava errado, revelando o crime que está mexendo com imaginário da cidade.

O homem, de 35 anos, não quer ser identificado, por temer alguma represália dos suspeitos que não foram presos. Ele lembra que sempre vistoria covas recém-fechadas e foi isso que fez na manhã de terça. Rosilei havia sido sepultado na noite de segunda-feira (11).

A cova de Roseilei estava fechada, mas ele reparou duas coisas diferentes: o montinho de terra que costuma deixar estava desalinho e as flores, fora do lugar. Além disso, o coveiro havia deixado outro monte de terra ao lado da cova e essa parecia remexida, como se alguém tivesse jogado fora um punhado.

Mas, a certeza de algo estava errado veio quando verificou que o carrinho de mão que usa para o trabalho não estava próximo ao muro do cemitério, onde sempre deixa ao fim do expediente, mas perto da capela.

Caminhando pelo local, viu marcas de carro na entrada da capela, onde tem garagem coberta. O coveiro acionou a polícia de imediato e contou tudo que havia encontrado.

A delegada de Dois Irmãos do Buriti, Nelly Macedo, disse que ele foi peça-chave no caso. “Se não fosse ele, nunca seria descoberto que aquele corpo foi subtraído”.

Depois dos indícios apontados pelo coveiro, a perícia da Polícia Civil de Aquidauana foi até o local, atestou que havia veracidade no relato e a cova foi aberta.

Marcas de pneu na frente da capela chamaram atenção do coveiro (Foto: Guilherme Henri)
Marcas de pneu na frente da capela chamaram atenção do coveiro (Foto: Guilherme Henri)
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