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Interior

Integrantes do PCC são condenados a penas de 20 a 38 anos pelo TJ

Doglas Rubitalti foi morto em 2019 por ser considerado traidor, ao passar informações do PCC para facção de SC

Silvia Frias | 03/12/2021 16:28
Corpo de Doglas Rubitalti foi abandonado em terreno baldio (Foto: Claudemir Werli /Portal VejaMS)
Corpo de Doglas Rubitalti foi abandonado em terreno baldio (Foto: Claudemir Werli /Portal VejaMS)

Três integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram condenados a penas de 20 a 32 anos de prisão pela tortura e asfixia de Doglas Gonçalves Rubitalti, morto em março de 2018 durante o “Tribunal do Crime”, em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande.

Na sentença dada ontem (2), Matheus Maciel Filho, o “Soberano” ou “Sistemático” foi condenado a 20 anos, 6 meses e 23 dias de prisão; Vagner dos Santos, o “Xeque-Mate” ou “Lealdade”, a 32 anos, 10 meses e 28 dias e Alexandro Emiliando da Silva, o “Das Trevas”, a 28 anos e 4 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado.

A sentença foi dada pelo juiz Paulo Roberto Cavassa de Almeida, da 1ª Vara Criminal de Naviraí. Os três foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e emboscada), organização criminosa e corrupção de menores.

Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a vítima era integrante do PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e, durante o período que esteve no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, passou a se envolver com integrantes do PCC para se infiltrar na organização e passar informações à facção catarinense.

Já solto, a informação é que Rubitalti estava prestes a ser batizado para ingressar no PCC quando a traição foi descoberta. Foi levado para emboscada, torturado e morto por asfixia. O grupo ainda convocou um adolescente para auxiliar na desova do corpo em terreno baldio.

No total, 11 pessoas foram indiciadas, algumas, pela participação por conferência, direto de presídios e os 3 pela participação direta.

No julgamento realizado ontem em Naviraí, a defesa pediu absolvição dos réus. Matheus Fialho e Vagner da Silva negam participação e Alexsandro por falta de provas.

Os jurados acataram os argumentos da acusação e avaliaram que os três tiveram responsabilidade para morte de Dogas Rubitalti. Os três vão cumprir a pena inicial em regime fechado e ainda podem recorrer da sentença.

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