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Interior

Jornal The New York Times destaca atentado contra indígenas em Amambai

Ana Paula Carvalho | 20/11/2011 13:27
Acampamento depos do ataque. (Foto: Divulgação CIMI)
Acampamento depos do ataque. (Foto: Divulgação CIMI)

Até o Jornal norte-americano The New York Times destacou o ataque contra os índios guarani-kaiowas que estão acampados na região das fazendas Nova Querência e Ouro Verde, na divisa dos Municípios de Aral Moreira e Amambai, região sul do Estado.

A publicação menciona a disputa entre terras e a possível execução do líder espiritual do grupo, Nísio Gomes.

O assunto também foi destaque no Jornal Aljazeera de hoje. Eles divulgaram que o acampamento foi alvo de tiros disparados por homens encapuzados. E que a Polícia suspeita que os pecuaristas “ricos” da região tenham encomendado o crime.

O caso - Conforme apurado pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário), durante a correria de tiros, três jovens um de 14 anos, outro de 15 e um de 16 anos teriam sido baleados.

De acordo com lideranças indígenas de aldeias vizinhas, o garoto de 14 anos seria neto de Nisio Gomes. Ele chegou a ser socorrido, medicado e já teria retornado ao acampamento. Os outros dois estavam desaparecidos.

O MPF (Ministério Público Federal) abriu investigação e a perícia da Polícia Civil constatou marcas de sangue em meio à folhas, que remontam a cena de um corpo sendo arrastado, possivelmente de Nisio.

Segundo relatos dos indígenas ao CIMI, Nisio teria sido executado com tiros na cabeça, peito, braços e pernas. O filho ainda tentou impedir a execução, se atirando sobre um dos pistoleiros.

A ação dos pistoleiros foi por volta das 6h30 da manhã de sexta-feira. Eles estavam respaldados por cerca de uma dezena de caminhonetes Hilux e S-10. Na caçamba de uma delas o corpo de Nisio foi transportado.

Os guarani-kaiowá estavam acampados a região desde o dia primeiro deste mês. Nisio teria sofrido ameaças de morte dois dias antes do atentado.

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