Juiz decreta prisão de pai gravado estuprando filha de 2 anos
Auxiliar de açougue de 24 anos confessou ter passado a mão em órgão genital da filha e alega estar bêbado
O juiz César de Souza Lima decretou a preventiva do auxiliar de açougue de 24 anos acusado de estuprar própria filha, de 2 anos de idade. Ele foi preso na manhã de sábado (25) em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
Apesar dele próprio ter gravado vídeo praticando o crime, o acusado negou ter estuprado a criança, mas confessou ter encostado o pênis na menina. Em entrevista na delegacia, o homem alegou que estava bêbado. O nome dele não vai ser divulgado para preservar a identidade da vítima, como determina a lei.
“A gravidade do delito, ou seja, filmar e/ou registrar cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança, no âmbito familiar e contra a filha, demonstra a periculosidade do agente e necessidade de manutenção da segregação cautelar, para salvaguardar a integridade física e psíquica da vítima e sua genitora”, afirmou o magistrado na decisão em que decretou a preventiva do acusado.
Preso pela Polícia Militar na Rua Vilso Gabiatti, no Jardim Rasselen, o homem está na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), na Rua Cuiabá, e nas próximas horas deve ser levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Em entrevista na delegacia, o açougueiro afirmou que o vídeo realmente o mostrava com a criança, mas afirmou que por nenhum momento estuprou a filha, e “encostou” o órgão genital nela.
“Eu tomei uma cerveja com um colega. A mãe dela ficou brigando comigo com esse negócio de estupro e eu fiquei imaginando como alguém tinha coragem de fazer isso com uma criança. Eu não estuprei minha filha, só encostei o órgão genital, mas isso foi por causa da bebida”, alegou.
Imagens comprovam estupro – Segundo a ocorrência policial, foto e vídeo encontrados no celular do homem comprovam o estupro de vulnerável. As imagens foram encontradas pela mãe da menina, quando ela procurava um comprovante de pagamento no celular do companheiro.
A mulher disse que ao mexer no celular, viu uma foto do homem com a menina nua deitada sobre ele, na cama. Na lixeira do aparelho, tinha um vídeo, deletado. Ela então conseguiu restaurar o arquivo.
As imagens mostram, segundo ela, o companheiro deitado no sofá, passando o pênis e o dedo no órgão genital da criança. O vídeo restaurado voltou à galeria de imagens com data de 29 de janeiro deste ano, no período noturno. Nesse horário, a mulher estava trabalhando e o homem ficou em casa com as duas crianças do casal, a menina de 2 anos e um menino, de 4.
No depoimento à Polícia Civil, o homem confessou o crime, mas tentou colocar a culpa na bebida. “Não foi minha culpa, foi por causa da bebida. Jamais faria isso em sã consciência com meus filhos”, afirmou.
Ele disse que naquele dia tinha tomado algumas latas de cerveja em casa. Depois de tomar banho frio, o homem disse ter visto as imagens e apagou o vídeo por ter ficado “horrorizado” com seus próprios atos.