Justiça prorroga até 2021 permanência da Força Nacional em áreas de conflito
Portaria prorroga equipes até janeiro de 2021 em Dourados e Caarapó, regiões onde ocorreram conflitos entre produtores e indígenas
O Ministério da Justiça prorrogou por mais 60 dias o período de permanência da Força Nacional em Dourados e Caarapó. As equipes estão na região para prevenção de conflitos agrários e combate ao tráfico de armas e drogas.
A medida, conforme portaria publicada hoje no Diário da União, é válida de 17 de novembro a 15 de janeiro de 2021.
O contingente necessário obedecerá planejamento definido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. A portaria foi assinada pelo ministro André Luiz de Almeida Mendonça.
A Força Nacional está de Caarapó desde 2016, em medida de segurança tomada após a morte do agente de saúde indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, assassinado aos 26 anos a tiros.
Em junho daquele ano, índios da aldeia Tey Kuê decidiram entrar na Fazenda Yvu. Logo depois, em investida de cerca de 200 produtores rurais, funcionários das propriedades e seguranças, seis índios ficaram feridos e um morreu: o agente de saúde indígena Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, 26 anos.
Em Dourados, as equipes foram enviadas a partir de janeiro, também por conta de conflito entre produtores e indígenas. As áreas em questão ficam adjacentes a Terra Indígena de Dourados, a reserva indígena mais populosa do país, que abriga as aldeias Jaguapiru e Bororó.