ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  25    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Líder terena, Joãozinho da Silva morre de covid-19 aos 57 anos

Joãozinho era diabético e tinha pressão alta, o que pode ter agravado os sintomas do novo coronavírus

Clayton Neves | 10/08/2020 11:35
Joãozinho da Silva era líder terena na Aldeia Ipegue, em Aquidauana. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Joãozinho da Silva era líder terena na Aldeia Ipegue, em Aquidauana. (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Internado com covid-19 desde domingo (9), Joãozinho da Silva morreu na manhã desta segunda-feira (10), em Campo Grande, aos 57 anos. A morte do líder terena  foi confirmada pela filha dele nas redes sociais e é o 15° óbito da etnia na região de Aquidauana, que vive surto da doença no território terena.

“Gostaríamos de agradecer a todos que estiveram com nós orando pelo meu pai, mas venho informar que papai não resistiu e veio a óbito. Tenho certeza que ele lutou até o fim, pois não queria nos deixar dessa forma”, diz o texto publicado pela filha, Iara Terena.

Joãozinho era diabético e tinha pressão alta, o que pode ter agravado os sintomas do novo coronavírus. O corpo será levado levado para a Aldeia Ipegue, em Aquidauana, onde será enterrado.

O líder terena foi um dos primeiros índios de Mato Grosso do Sul a concluir o curso de técnico de indigenismo, ainda na década de 80. Ele também foi coordenador da Funai no Estado.

Alerta – No último dia 21, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, fez  alerta sobre o aumento de casos de covid-19 nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul. Durante live ele pediu que as prefeituras tomassem providências e fizessem ações efetivas nas comunidades, lembrando que o público precisa de “atenção especial”.

No Estado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há mais de 50 mil indígenas, sendo cerca de 10 mil nas cidades e o 40 mil na área rural. As etnias mais comuns são Guarani Kaiowá, Terenas e Kadiwéus.

No Brasil, o número de indígenas contaminados ultrapassa os 16,1 mil e as mortes 549.

Nos siga no Google Notícias