Mães identificam corpos carbonizados em queda de helicóptero com cocaína
Piloto de 24 anos e acompanhante, de 20, moravam no interior de São Paulo
A queda do helicóptero carregado de cocaína ontem (20), em uma fazenda no município de Ponta Porã, matou dois paulistas, de 20 e 24 anos de idade.
Os corpos do piloto Pedro Augusto Boim, 24, e do amigo dele, Matheus Henrique dos Santos Venâncio, 20, foram reconhecidos pelas mães, que vieram do interior de São Paulo até a cidade da fronteira com o Paraguai.
Karina, a mãe de Pedro Augusto, e Ana Paula, a mãe de Matheus, reconheceram os restos mortais dos filhos principalmente pelas tatuagens, pois os corpos ficaram parcialmente carbonizados.
O piloto tinha residência em Rancharia, cidade de 30 mil habitantes perto de Presidente Prudente. Matheus morava em Quatá, de 15 mil moradores, distante 23 km de Rancharia.
Após o reconhecimento, as duas paulistas foram à Delegacia da Polícia Civil, onde prestam depoimento. Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte dos rapazes. “Dois meninos de ouro! Que Deus receba vocês de braços abertos”, postou um dos seguidores do jovem piloto.
O Campo Grande News apurou que o helicóptero levantou voo da região de Antônio João na madrugada de ontem. A reportagem recebeu informação de que a aeronave poderia ter sido alvejada a tiros de fuzil, quando voava baixo para fugir do radar da Aeronáutica.
Entretanto, a delegada Ana Cláudia Medina, diretora do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), descartou que a aeronave tenha sido abatida. O Dracco assumiu a investigação. Os tabletes espalhados em volta do helicóptero pesaram 246 quilos de cocaína pura.
O Robinson R66 Turbine prefixo PR ITT aparece no RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro) em nome da empresa SPE 8 MZ Negócios Imobiliários Ltda., com sede em Taubaté (SP). O Campo Grande News tentou, mas ainda não conseguiu contato com a empresa.