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Interior

Menino viu a mãe ser estuprada e só fugiu quando mulher foi esfaqueada

Polícia apresentou hoje os dois homens que confessaram duplo homicídio ocorrido em Dourados e esclareceu outra morte em aldeia

Helio de Freitas, de Dourados | 10/06/2019 11:16
Gelso Arévalo (à direita) e Giovani Vargas da Silva confessaram assassinatos e estupro de mulher (Foto: Adilson Domingos)
Gelso Arévalo (à direita) e Giovani Vargas da Silva confessaram assassinatos e estupro de mulher (Foto: Adilson Domingos)

Um estudante de 9 anos de idade viu o pai ser morto a facadas e a mãe se estuprada por dois homens na madrugada de sexta-feira (10) na aldeia Bororó, em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Ele assistia televisão quando os pais foram atacados por dois “amigos” que estavam na casa, consumido bebida alcoólica.

Temendo pela própria vida, ele saiu correndo quando a mãe começou a ser esfaqueada e subiu em uma árvore, onde passou o resto da noite. De manhã, foi até a casa, viu os pais mortos e correu até a escola, onde, em estado de choque, contou o caso para a professora.

Os assassinatos foram praticados como “queima de arquivo”, para esconder outra morte ocorrida no início do mês na reserva indígena. Osvaldo Ferreira, 38, e Rosilene Rosa Pedro, 33, foram mortos porque testemunharam o assassinato de Felismar Benites Ortiz, 28, encontrado em um lago a poucos metros do local onde o casal foi morto.

Os detalhes foram revelados na manhã desta segunda-feira (10) pelo delegado Rodolfo Daltro, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil, durante apresentação dos dois autores do assassinato do casal, Gelso de Oliveira Arévalo, 38, conhecido como “Armando”, e Giovani Vargas da Silva, 18, o “Quivia”.

Os dois confessaram terem matado Osvaldo após passarem a noite bebendo cachaça com ele. Depois de esfaquearem o homem, os dois amarraram Rosilene, a estupraram e a mataram também a facadas. Gelso também confessou ter matado Felismar a pauladas e disse ter chamado Giovani para ajudá-lo a matar o casal, para não ser denunciado.

Os dois foram detidos por lideranças indígenas na madrugada de sábado escondidos em uma mata na reserva indígena e entregues à Polícia Civil. Gelso estava com a prisão decretada por roubo.

Na delegacia, os dois contaram detalhes do duplo assassinato. Também confessaram terem estuprado a mulher antes de esfaqueá-la. Duas facas e um estilete foram apreendidos com a dupla.

Gelso e Giovani foram autuados em flagrante pelo duplo assassinato qualificado e por estupro. Gelso também foi indiciado pela morte de Felismar. Os dois estão na carceragem da 1ª Delegacia de Polícia e nos próximos dias serão levados para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Veja abaixo o vídeo com entrevistas de um dos assassinos e do delegado do caso:

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