ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Militar morre uma semana após acidente em avenida sem iluminação

Homem de 24 anos caiu da moto em uma rotatória na Avenida Guaicurus; duplicação custou R$ 35 milhões, mas iluminação é precária e caso está na Justiça

Helio de Freitas, de Dourados | 12/05/2017 11:01
Trecho escuro da Avenida Guaicurus; MP pediu para Justiça obrigar prefeitura a fazer manutenção (Foto: Helio de Freitas/Arquivo)
Trecho escuro da Avenida Guaicurus; MP pediu para Justiça obrigar prefeitura a fazer manutenção (Foto: Helio de Freitas/Arquivo)

A escuridão da Avenida Guaicurus causou mais um acidente fatal em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Uma semana depois de bater de moto em uma rotatória sem iluminação, o militar do Exército Francisco Pereira Colraues, 24, morreu na noite de ontem (11) em um hospital da cidade.

De acordo com o registro policial, na madrugada do dia 4 de maio Francisco seguia pela rodovia em uma Honda Biz quando perdeu o controle e bateu na rotatória perto do quartel do Exército. Com a baida, ele foi arremessado a 30 metros. O rapaz foi socorrido para um hospital particular da cidade, onde morreu na noite de ontem.

Escuridão – Com 12 quilômetros de extensão, a Avenida Guaicurus liga a área central de Dourados à cidade universitária, onde funcionam às unidades da UFGD e da Uems, ao aeroporto, ao quartel do Exército e a várias empresas e propriedades rurais. Com os cursos universitários, a rodovia tem movimento intenso de ônibus, carros e motos durante a noite.

Com gasto de R$ 35 milhões, a avenida foi duplicada pelo governo do Estado e a obra concluída no ano passado. Entretanto, a iluminação é precária em vários trechos, como o Campo Grande News mostrou em janeiro deste ano.

No ano passado, o governo do Estado informou que a responsabilidade pela manutenção era da prefeitura, já que a Guaicurus fica no perímetro urbano de Dourados. Entretanto, a prefeitura se recusou a assumir o serviço e o caso foi parar na Justiça.

Em agosto do ano passado, o MPE (Ministério Público Estadual) entrou com ação civil pública para obrigar a prefeitura a assumir o serviço.

No entendimento do MP, o trecho duplicado fica no perímetro urbano e a prefeitura pode garantir a manutenção com recursos oriundos da Cosip (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública). No entanto, o município entrou com recurso e o caso aguarda decisão do Judiciário.

Em março, a presidente da Câmara de Vereadores, Daniela Hall (PSD), cobrou solução da prefeitura e do governo do Estado, mas o problema persiste. “São mais de 10 mil veículos que passam pela avenida diariamente. A maioria deles é no período noturno. A iluminação é urgente para evitar mais acidentes nessa avenida, que já foi chamada de rodovia da morte”.

Nos siga no Google Notícias