Monitoramento aponta queimadas ainda mais críticas nos próximos 2 meses
Ánalise leva em conta nível do Rio Paraguai, índice de chuvas e temperaturas previstas
Monitoramento das condições na região do Pantanal, feito pelo Ibama, aponta situação bastante crítica para em relação aos incêndios que atingem a área neste mês. Apesar das circunstâncias nem sempre favoráveis, o órgão mantém cinco brigadas para trabalhar no combate às chamas.
Para piorar o problema recorrente no inverno sempre seco, o levantamento indica meses ainda de maior risco. Chuvas devem ficar abaixo da média, já as temperaturas devem ser acima do que normalmente é verificado em agosto e setembro, meses considerados mais secos.
Outra consequência prevista é a menor cheia registrada no Rio Paraguai em nove anos, o que contribui para que áreas antes cobertas pela água estejam expostas e secas.
As duas principais frentes desta semana são em uma fazenda e em posto avançado da Marinha.
Ao norte da área urbana de Corumbá, o fogo ameaçava até uma escola de crianças e jovens ribeirinhos, na região da Fazenda Jatobazinho. Desde o dia 13 a operação do Ibama combatia o fogo e hoje a fase é de rescaldo e vigilância, para que o incêndio não recomece.
O outro incêndio ocorre em Posto Avançado da Marinha do Brasil, local conhecido como Rabicho. No local, 13 Brigadistas trabalham desde ontem (23), ainda tentando debelar o fogo.
Como sempre no Pantanal, "a grande dificuldade encontrada pelas equipes é o acesso, que na maior parte das vezes se dá por via fluvial e o deslocamento é completado a pé por regiões pantanosas, com vegetação cerrada", informa o Ibama.
Recorrente - Desde o início do ano, Mato Grosso do Sul já registrou aumento de 86% no índice de queimadas, se comparado com o mesmo período do ano passado, que já foi terrível para os brigadistas.
Para tentar resolver a situação, na quinta-feira (23) o Governo do Estado pediu apoio das Forças Armadas para combater as queimadas no Pantanal, como a utilização de helicópteros para facilitar no deslocamento de militares.
O Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama, mantém na região uma brigada especializada composta por 27 Brigadistas treinados e equipados, além de quatro brigadas indígenas que protegem seus territórios.