Nove municípios de MS comemoram aniversário nesta quinta
São eles: Aral Moreira, Sete Quedas, Tacuru, Eldorado, Mundo Novo, Itaquiraí, Bodoquena, Deodápolis e Angélica
Nove municípios de Mato Grosso do Sul, seis deles da região do Conesul, fazem aniversário de emancipação político-administrativo nesta quinta-feira. O dia 13 de maio rende parabéns para Aral Moreira, Sete Quedas, Tacuru, Eldorado, Mundo Novo, Itaquiraí, Bodoquena, Deodápolis e Angélica.
Angélica comemora 45 anos de história. O município distante 263 Km de Campo Grande, foi criado no dia 13 de maio de 1976, pela Lei Estadual nº 3691, quando desmembrou-se totalmente do município de Dourados. Registros históricos mostram que os fundadores chegaram por lá em meados de 1957. Manoel Isidoro Martins, Messias Garcia Duarte, Ovídio Gomes de Oliveira e Ediberto Celestino de Oliveira foram os primeiros. Em seguida novos migrantes chegaram, entre eles, Ágido Terenciani, Antônio Bueno e José Jesunato.
Instalaram-se em terras de Reme Neder, dando início a criação de um novo povoado. Dizem os desbravadores que o nome do município foi dado em virtude dos préstimos e atenção de moradora de nome Angélica, que fornecia comida e hospedagem. Primeiro, o lugar ficou conhecido como Porto Angélica, até a mudança quando o vilarejo se torna município.
Bodoquena completa 41 anos hoje. Distante 269 km distante de Campo Grande, o município recebeu os primeiros colonos por volta de 1948: Francisco de Paula Chagas (Chico Mineiro), Francisco Maciel e Alfredo Pedro de Araújo. Para chegar até a colônia era preciso andar 55 quilômetros de trilha, que ligava, ao município de Miranda, trecho conhecido como Trilha dos Caminheiros da Fé, devido as dificuldades que os colonos encontravam ao atravessar a mata, morros e pântanos. Em época de cheias, era quase impossível atravessar o rio Miranda.
Primeiro, formou-se um povoado com o nome de Vila da Amizade, onde começaram a surgir os primeiros estabelecimentos comerciais, na maioria, pequenos bolichos e botecos. No dia 14 de dezembro de 1963, o governador do então Estado de Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa assinou a Lei Estadual nº. 2.079 criando o Distrito Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo, no município de Miranda, que ficou popularmente conhecido como Distrito do Campão, por ser uma grande área de campo com pastagens nativas.
O Distrito Dr. Arnaldo Estevão de Figueiredo desenvolveu-se rapidamente, graças ao crescimento do comércio e indústrias ativas, além da produção agropecuária, que rendia aos cofres públicos do Município de Miranda uma considerável soma em impostos pagos. Reconhecendo os valores contribuídos e os serviços prestados ao Distrito, os colonos começaram a se sentir lesados, surgindo então a ideia de emancipação.
Em 13 de maio de 1980, o povo do então Distrito do Campão foi surpreendido pelo governador da época, Marcelo Miranda Soares, que publicou no Diário Oficial MS nº338 a Lei Estadual nº87 de 13 de maio de 1980 que tratava da criação do município de Bodoquena, palavra que, em tupi-guarani, significa "nascente em cima da serra".
Deodápolis faz 45 anos, distante a 252 km de distância da Capital, antiga Vila Novo Horizonte, recebeu esse nome em homenagem a um de seus pioneiros, Deodato Leonardo da Silva, que significa (Deoda=Deodato + polis = Cidade). O novo nome chegou já com a motivação para a criação de um novo município, sendo que, precisamente em 13 de maio de 1976 o então Governador do Estado de Mato Grosso, Dr. José Garcia Neto sancionou a Lei Estadual nº 3.690, que elevou Deodápolis a município.
Aral Moreira, distante 469km da capital do Estado, também comemora seus 45 anos nessa quinta-feira (13). Segundo registros, a história do município teve início em 1883, quando Thomas Laranjeira instalou suas ranchadas a margem direita do Rio Verde, nas proximidades da atual Vila Caú. Os primeiros a se instalarem nas terras aral-moreirenses foram famílias vindas das regiões do Rio Grande do Sul, que ao fugirem da revolução no final do século XIX encontraram nos campos vastos e promissores do município uma oportunidade de recomeçarem suas vidas. Com o bom desenvolvimento da agropecuária e agricultura local, Aral Moreira conquistou sua emancipação e foi consagrado como município em 13 de maio de 1976, deixando de ser um distrito de Ponta Porã.
A história de Mundo Novo, que também completa hoje (13) 45 anos, começou lá em 1953 com a chegada de um imigrante baiano chamado Bento José Luís, mais conhecido pelo alcunho de Bentinho. Ele trouxe consigo uma imagem da Nossa Senhora de Fátima de um metro e construiu para a santa uma capela de estuque.
O município começou a ser povoado por volta de 1955, com a chegada de famílias vindas do estado de São Paulo, com a ajuda do fazendeiro Adjalmo Saldanha, que vendia lotes da própria fazenda para pessoas interessadas em residir naquela região. Inicialmente, a região era um distrito de Iguatemi e era conhecida como Tapui-Porã, que em tupi-guarani significa Rancho Bonito. Em 1976, foi elevada a município e recebeu o nome de Mundo Novo. Distante 463km de Campo Grande, o município conta com uma população estimada de 18.473 pessoas.
Eldorado, comemora seus 45 anos, o município está situado às margens do Rio Paraná, no extremo sul do Estado de Mato Grosso do Sul, distante 447 Km de Campo Grande. Sua história começou em 1950, quando Omar Nunes Cardoso e Paulo Buganissi, proprietários de grandes glebas de terras, resolveram criar um novo núcleo urbano, a 20 km de Porto Morumbi. Com base em planta elaborada por Paulo Buganissi, iniciaram os trabalhos de implantação do povoado, a partir de 28.07.1952, com seu primeiro morador Manoel Farias. Depois vieram, Pedro Pereira, Venceslau Honório da Silva, José Cícero da Silva, Quintino da Silva, Martinho Trabuco e José Caprioli, todos pioneiros. Recebeu o nome Eldorado por ser uma terra de grandes riquezas exploráveis (″antes de receber esse nome, o pequeno povoado chamava-se Colônia Velha″).
Itaquiraí, distante 404km da capital, conta com uma população estimada de 21.376 pessoas e comemora seus 41 anos hoje (13). Território posteriormente ocupado pelos Terenas e Kaiowás, o povoamento da região foi marcada pela vinda de bandeirantes, sertanistas e monçoeiros que buscavam por ouro e caçavam índios. As vastas plantações de mate-laranjeira foi um fator importante para alavancar a região socialmente e economicamente. O município conquistou sua emancipação em 1980, e em 1989 passou por um processo de Reforma Agrária a partir da luta dos trabalhadores rurais sem terra.
Tacuru, também comemora seus 41 anos, distante 422km de Campo Grande, iniciou sua história a partir de 1954, em um pequeno núcleo existente, habitado por ervateiros paraguaios e Índios Caiuás, que passou a ter um certo desenvolvimento. José Máfia Ortiz, Ignácio Cure, Rafael Dória e Cleto de Moraes Costa, tão logo tomaram conhecimento do potencial da região, passaram a lutar pelo progresso do povoado. Em 1955, surgiu a primeira casa de comércio, de Alfeu Rosa Brum, bem como a primeira escola, sendo seu primeiro professor Cleto de Moraes Costa. Foi elevada a distrito pela Lei N.º 1.166, de 20 de novembro de 1958 e o município criado pela Lei N.º 72 , de 13 de maio de 1980.
Sete Quedas, surgiu como consequência da implantação do projeto integrado de colonização, criado pela portaria número 1.478, de 4 de outubro de 1973, da presidência do Incra no dia 4 de abril de 1974.
Iniciou o projeto do novo núcleo urbano que passou a distribuir lotes aos interessados. O primeiro contemplado, foi Clestino Martins dos Santos, e as primeiras edificações foram: uma pensão, de João Aroni de Almeida e um bar, de Levi Borges de Lima
Foi elevada a distrito pela Lei nº 3.765, de 30 de junho de 1976 e o município criado pela Lei nº 73, de 12 de maio de 1980. Comemora-se no dia 13 de maio sua emancipação política. O município faz 41 anos e fica 469km de distância de Campo Grande.