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Interior

Operação da Polícia Federal prende envolvido em bloqueio de rodovia

Segunda fase da Operação Unlock cumpre mandado de prisão e três mandados de busca em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 20/01/2023 09:37
Agentes da PF em um dos locais onde mandados foram cumpridos em Dourados (Foto: Divulgação)
Agentes da PF em um dos locais onde mandados foram cumpridos em Dourados (Foto: Divulgação)

Uma pessoa foi presa pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20) em Dourados, a 251 km de Campo Grande, na segunda fase da Operação Unlock, que investiga os responsáveis por crimes ocorridos durante bloqueios de rodovias por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em novembro do ano passado.

Três mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Os nomes dos alvos não foram revelados.

Segundo a Polícia Federal, o objetivo dessa nova fase da operação é identificar organizadores e financiadores do protesto ocorrido no dia 18 de novembro, quando homens mascarados usaram uma carreta para levar pneus para bloqueio do Trevo da Bandeira, na saída de Dourados para Ponta Porã e Caarapó.

Colocados na pista em forma de barricada, os pneus foram incendiados, provocando nuvem de fumaça. Um Fiat Uno que passava pela rodovia cruzou sobre os pneus em chamas e foi destruído pelo fogo. O condutor conseguiu sair do carro e não sofreu ferimentos.

As ordens judiciais cumpridas hoje foram expedidas pela Justiça Federal em Mato Grosso do Sul como parte do processo que investiga as manifestações e bloqueios de rodovias ocorridos na região de Dourados.

A primeira fase da operação, com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), ocorreu no dia 20 de novembro, resultando na apreensão da carreta usada para transportar os materiais utilizados no ato criminoso, além da prisão do motorista que transportou os pneus até o local do incêndio. André França da Silva, 39, foi preso no distrito de Itahum.

Outro douradense investigado no caso é o empresário José Carlos Rozin. Ele foi alvo de busca no dia 20 de novembro como suspeito de ser o mandante do bloqueio. Não há informação se ele está entre os alvos dos mandados de hoje.

Segundo a PF, as pessoas envolvidas no bloqueio criminoso são investigadas por incitação ao crime, associação criminosa, desobediência e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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