Padrasto alega que menina teve genitália dilacerada por mordida de cachorro
Ainda em depoimento, ele disse que introduziu dois dedos na genitália da criança por acidente
Na tarde desta quinta-feira (3), a Polícia Civil concluiu a investigação sobre um crime de abuso sexual infantil ocorrido na última sexta-feira (27) contra uma menina de apenas dois anos, em Brasilândia, município que fica a 366 km de Campo Grande.
O padrasto da menina, de 28 anos, foi preso em flagrante e, inicialmente, negou as acusações. Mas em um novo interrogatório, na terça (1º), o suspeito confessou parcialmente o crime, alegando que teria acordado com o choro da criança, e que supostamente ela teria caído da cama e machucado a cabeça.
Ainda em depoimento, ele afirmou que, ao trocar e dar banho na vítima, ficou nervoso, e acabou introduzindo dois dedos na genitália da criança, causando lesões. Segundo ele, ao perceber o sangramento, achou que não fosse nada grave e por isso foi trabalhar. Em relação à mordida, afirmou que foi o cachorro de estimação da família.
Apesar dele contar essa história na delegacia, os laudos periciais e demais indícios obtidos pela investigação contradizem essa versão.
As provas apontam que a lesão na cabeça da criança foi causada por agressão em razão do trauma contuso, a mordida é compatível com a de um ser humano adulto, e as lesões genitais foram graves e provocadas intencionalmente, o que não condiz com uma introdução de dedos sem querer.
A menina foi atendida inicialmente no hospital local e, em seguida, encaminhada para Campo Grande devido às lesões, a vítima teve o órgão dilacerado.
O suspeito permanece preso, sendo indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável majorado, lesão corporal no contexto de violência doméstica e tortura majorada. As penas somadas pelos crimes podem passar o patamar de 30 anos de reclusão.
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