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Interior

Padrasto foi morto menos de 24h após vídeo de criança abusada ser divulgado

Mãe da criança publicou as imagens e garantiu não ter visto o beijo

Clayton Neves | 24/11/2021 14:08
Rosinaldo foi morto com pelo menos três tiros, na casa onde vivia. (Foto: Redes Sociais)
Rosinaldo foi morto com pelo menos três tiros, na casa onde vivia. (Foto: Redes Sociais)

Menos de 24 horas separam o assassinato de Rosinaldo Andrade Messias, de 41 anos, da divulgação de vídeo em que ele aparece beijando a enteada, uma criança de 6 anos. Segundo investigações, as imagens foram gravadas no domingo (21), mas só na madrugada de ontem (23) foram publicadas e passaram a circular entre moradores de Itaquiraí.

Eduardo Lucena, delegado responsável pelo caso, contou que Rosinaldo e a mãe da criança chegaram a prestar depoimento na delegacia depois que o caso veio à tona. “O vídeo começou a rodar por volta da meia-noite e já por volta das 16h identificamos e conduzimos o casal para ser ouvido”, explica.

À polícia, a mãe afirmou que todos estavam bêbados quando a gravação foi feita e negou que tivesse visto a filha ser beijada pelo companheiro. “Ela postou no status do WhatsApp e o vídeo passou a circular. Agora, vamos apurar se ela realmente não viu o beijo ou se postou o vídeo errado”, explica.

Já Rosinaldo negou que tivesse abusado da menina em outra ocasião e não soube explicar a razão por ter praticado o crime. “Ele falou que foi coisa de bebedeira, que nunca teve atração pelas enteadas”, completa.

Como não havia situação de flagrante, o casal foi ouvido e liberado. As crianças de 1, 6 e 12 anos, foram recolhidas para um abrigo do Conselho Tutelar e o delegado chegou a pedir a prisão preventiva do suspeito, no entanto, antes mesmo que o juiz analisasse o pedido, Rosinaldo foi morto com um tiro na nuca.

“Trabalhamos com várias linhas de investigação, até porque, é preciso averiguar se a morte realmente tem ligação com o abuso ou se foi cometida por alguém que já tinha essa intenção e se aproveitou da situação”, relata Eduardo Lucena.

De acordo com o delegado, laudo pericial descartou outro tipo de violência sexual na vítima.

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