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Interior

Pesquisador retoma estudo sobre “cidade perdida” na fronteira com MS

Jackson Weaver iniciou pesquisa em 2013 e afirma ter identificado vestígios do povo Celta

Helio de Freitas, de Dourados | 20/12/2021 13:59
Pedras em morro na fronteira; pesquisador desconfia de “cidade perdida”. (Foto: Divulgação)
Pedras em morro na fronteira; pesquisador desconfia de “cidade perdida”. (Foto: Divulgação)

O pesquisador e guia turístico Jackson Weaver retomou os estudos sobre suposta existência de “cidade perdida”, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. A pesquisa tinha sido iniciada em 2013 sobre supostos vestígios do povo Celta, a 50 km de Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

No fim de semana, em conversa com o secretário municipal de Segurança Pública e vereador licenciado de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira, Weaver anunciou que retomou os estudos para comprar sua teoria.

Morador de Ponta Porã, Jackson Weaver é filho do também pesquisador norte-americano Joe Weaver, que viveu por muitos anos no Paraguai e fez estudos sobre escrituras rupestres encontradas no Parque Cerro Corá. Joe mora atualmente nos Estados Unidos.

Há oito anos, após série de fotos aéreas dos locais, onde ele afirma existirem os indícios da cidade perdida, Joe Weaver disse que as evidências são ainda mais claras nas Cordilheiras de Amambay, nos arredores de Pedro Juan Caballero. “Os sinais exteriores são fantásticos e existem fortes vestígios de aqui havia cidade provavelmente há mais de 5.000 anos”, afirmou na época.

Agora, ao retomar os estudos, Jackson Weaver espera contar com apoio de arqueólogos, geólogos e outros especialistas para conduzir investigação aprofundada sobre as ruínas.

Em dezembro de 2014, a teoria de Jackson Weaver sobre os Celtas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul foi incluída em artigo do doutor em arqueologia João Carlos Moreno de Sousa sobre fraudes e equívocos em pesquisas da arqueologia brasileira e mundial.

“Não existem evidências, sequer fraudadas, que apoiem esta hipótese. É possível que Weaver não possua qualquer tipo de conhecimento em arqueologia ou geologia e, na verdade, tenha admirado (e muito) as belezas naturais da região, e imaginou esta hipótese a fim de explicar a formação da paisagem”, escreveu João Carlos Sousa.

Segundo o portal Brasil Escola, os Celtas foram conjunto de povos que existiram de 600 a.C. a 600 d.C., surgido a partir da evolução cultural de populações que habitavam na Europa Central. Esses povos se espalharam por todo o continente europeu e chegaram até a região da Ásia Menor, na atual Turquia.

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