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Interior

PMA conclui vistoria em fazenda que escravizava até crianças

No começo do mês força-tarefa encontrou no local 15 paraguaios trabalhando em condições irregulares, inclusive crianças

Ana Paula Chuva | 12/12/2020 14:27
Policial Militar Ambiental durante vistoria na fazenda. (Foto: Polícia Militar Ambiental)
Policial Militar Ambiental durante vistoria na fazenda. (Foto: Polícia Militar Ambiental)

Equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Jardim, concluiu as vistorias na Fazenda Salto, em Nioaque, distante 187 quilômetros de Campo Grande. A propriedade foi alvo de operação no início do mês e no local foram encontrados 15 paraguaios, inclusive crianças, trabalhando em condições irregulares.

Na ocasião a operação foi realizada por equipe da PMA, Polícia Civil e Ministério Público após um vídeo circular em grupos de whatsapp com imagens de desmatamento de área para transformar em lavoura envolvendo o nome do governador Reinaldo Azambuja.

Depois disso, a PMA de Jardim realizou a fiscalização na propriedade, de grande extensão e está arrendada, para identificar todos os crimes ambientais que terminaram hoje com a autuação da arrendatária de 36 anos, que não foi identificada, por seis infrações ao meio ambiente.

Entre as infrações estão o desmatamento de 102 hectares, sem autorização de órgão ambiental, que rendeu uma multa de R$ 102 mil. Abertura ilegal de 2.377 metros de drenos em área úmida, com multa de R$ 130 mil.

Além do uso ilegal de fogo em restos de vegetação em leiras com multa de R$ 7, 5 mil. Foi identificada também a falta de conservação e uso inadequado do solo sendo aplicada multa de R$ 35.490 mil.

Equipe da PMA durante fiscalização. (Foto: Polícia Militar Ambiental)
Equipe da PMA durante fiscalização. (Foto: Polícia Militar Ambiental)

No local ainda foram encontrados seis hectares de área de nascentes de preservação permanente, degradados, resultando em multa de R$ 60 mil e por fim, exploração ilegal de aroeira.  Com multa de R$ 17.250 mil.

Ainda conforme a PMA, a arrendatária que efetuou o contrato com o proprietário da fazenda, foi identificada. Ela é residente em Dourados e foi autuada pelas infrações e as multas totalizaram R$ 352.240 mil.

Ela ainda responderá por crime de desmatamento, com pena de três a seis meses de detenção, por exploração ilegal de madeira, com pena de seis meses a um ano de detenção; por degradação de área de preservação permanente, que tem pena prevista de um a três anos de detenção.

A mulher também foi notificada a apresentar junto ao órgão ambiental estadual um Prada (Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada).

Escavadeira usada para encontrar evidências de crime ambiental. (Foto: Polícia Militar Ambiental)
Escavadeira usada para encontrar evidências de crime ambiental. (Foto: Polícia Militar Ambiental)

Força-tarefa – Durante a força-tarefa realizada na fazendo no começo do mês, o gerente da fazenda foi preso por porte ilegal de arma e os arrendatários Wanderley Rodrigues da Costa e Wanilton Rodrigues da Costa, estão foragidos.

Também há um quarto homem foragido, Danielson de Aguiar Oliveira, identificado como operador de pá-carregadeira usada para colocar toras de madeira em um buraco aberto na propriedade.

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