PMA conclui vistoria em fazenda que escravizava até crianças
No começo do mês força-tarefa encontrou no local 15 paraguaios trabalhando em condições irregulares, inclusive crianças
Equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Jardim, concluiu as vistorias na Fazenda Salto, em Nioaque, distante 187 quilômetros de Campo Grande. A propriedade foi alvo de operação no início do mês e no local foram encontrados 15 paraguaios, inclusive crianças, trabalhando em condições irregulares.
Na ocasião a operação foi realizada por equipe da PMA, Polícia Civil e Ministério Público após um vídeo circular em grupos de whatsapp com imagens de desmatamento de área para transformar em lavoura envolvendo o nome do governador Reinaldo Azambuja.
Depois disso, a PMA de Jardim realizou a fiscalização na propriedade, de grande extensão e está arrendada, para identificar todos os crimes ambientais que terminaram hoje com a autuação da arrendatária de 36 anos, que não foi identificada, por seis infrações ao meio ambiente.
Entre as infrações estão o desmatamento de 102 hectares, sem autorização de órgão ambiental, que rendeu uma multa de R$ 102 mil. Abertura ilegal de 2.377 metros de drenos em área úmida, com multa de R$ 130 mil.
Além do uso ilegal de fogo em restos de vegetação em leiras com multa de R$ 7, 5 mil. Foi identificada também a falta de conservação e uso inadequado do solo sendo aplicada multa de R$ 35.490 mil.
No local ainda foram encontrados seis hectares de área de nascentes de preservação permanente, degradados, resultando em multa de R$ 60 mil e por fim, exploração ilegal de aroeira. Com multa de R$ 17.250 mil.
Ainda conforme a PMA, a arrendatária que efetuou o contrato com o proprietário da fazenda, foi identificada. Ela é residente em Dourados e foi autuada pelas infrações e as multas totalizaram R$ 352.240 mil.
Ela ainda responderá por crime de desmatamento, com pena de três a seis meses de detenção, por exploração ilegal de madeira, com pena de seis meses a um ano de detenção; por degradação de área de preservação permanente, que tem pena prevista de um a três anos de detenção.
A mulher também foi notificada a apresentar junto ao órgão ambiental estadual um Prada (Plano de Recuperação da Área Degradada e Alterada).
Força-tarefa – Durante a força-tarefa realizada na fazendo no começo do mês, o gerente da fazenda foi preso por porte ilegal de arma e os arrendatários Wanderley Rodrigues da Costa e Wanilton Rodrigues da Costa, estão foragidos.
Também há um quarto homem foragido, Danielson de Aguiar Oliveira, identificado como operador de pá-carregadeira usada para colocar toras de madeira em um buraco aberto na propriedade.