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Interior

Polícia e Exército cumprem 14 mandados de busca em força-tarefa

Ricardo Campos Jr. | 25/04/2017 15:25
Policial do DOF durante operação em Caarapó nesta terça (Foto: divulgação)
Policial do DOF durante operação em Caarapó nesta terça (Foto: divulgação)
Ação realizada na fazenda Novilho durante força-tarefa (Foto: divulgação)
Ação realizada na fazenda Novilho durante força-tarefa (Foto: divulgação)

A força-tarefa que envolveu policiais, bombeiros e militares do Exército nesta terça-feira (25) em Caarapó, a 283 quilômetros de Campo Grande, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. O objetivo da operação foi recuperar produtos de roubo e furto ocorridos durante invasões as fazenda que fazem divisa com aldeia indígena Tey Kuê.

Participaram 200 agentes sob a coordenação do superintende de Segurança Pública da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), coronel Ary Carlos Barbosa; e do superintendente de Inteligência, delgado Antônio Carlos Costa Mayer.

Os mandados foram cumpridos nas fazendas Novilho 1 e 2, e também na Gauchinha. Foram encontrados duas armas falsas, sete estojos de munição calibre 12, munições calibre 38 e 24, todas deflagradas, e ainda um coldre que provavelmente pertence a um dos policiais feitos reféns no final do ano de 2016 próximo a aldeia.

As investigações que culminaram na operação duraram 40 dias. No domingo, as equipes fizeram o levantamento das áreas alvo da força-tarefa, que contou inclusive com o apoio de um helicóptero.

Palco de disputa - No dia 22 de fevereiro deste ano, um incêndio de grandes proporções destruiu um canavial com 210 hectares, prejuízo estimado em R$ 2 milhões.

Informações da Polícia Militar local indicam que o fogo foi provocado pelos índios que estão na fazenda. O motivo, seria um decisão da Justiça Federal em paralisar o processo administrativo de demarcação da área, que está em disputa.

Tal conflito já resultou, inclusive, em morte de um índio, além de outros seis feridos e cinco ruralistas presos - mas já soltos após o STF (Supremo Tribunal Federal) conceder liberdade para eles - por organizarem o conflito armado. Este caso aconteceu em agosto do ano passado na fazenda vizinha, Yvu.

Além da Novilho (que está com a sede ocupada) e da Yvu, os indígenas fizeram a tomada de outras 10 propriedades rurais na região, que querem anexar a área onde já está a aldeia - e que seria apenas uma pequena parcela do território original.

 

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