Polícia faz buscas na casa de chefão da pistolagem executado na fronteira
Apenas um adolescente foi encontrado na casa, localizada no bairro Ciudad Nueva, em Pedro Juan Caballero

Equipes da Polícia Nacional e do Ministério Público do Paraguai fizeram buscas nesta sexta-feira (16) a uma das casas vinculadas ao pistoleiro Marcio Ariel Sánchez Giménez, o “Aguacate”, morto com 33 tiros em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
Apontado como o chefe do principal escritório da pistolagem na linha internacional entre Paraguai e Mato Grosso do Sul, Aguacate foi executado ontem à noite e o corpo jogado na rua, hoje de manhã. O cadáver foi deixado a menos de 200 metros do Palácio da Justiça.
De acordo com a imprensa paraguaia, apenas um adolescente foi encontrado na casa localizada no bairro Ciudad Nueva. Não há informações se ele é ligado ao bandido morto.
A casa de dois andares já havia sido alvo de buscas na Operação Persea del Norte, desencadeada pela polícia paraguaia em junho do ano passado para prender pistoleiros a serviço de Marcio Sánchez. Assim como “aguacate”, “persea” significa abacate, apelido do pistoleiro.
A mulher de Aguacate, Gudelia Vargas, foi presa durante a operação e permanece atrás das grades. Ela teve a preventiva decretada, mas seus advogados apelaram pedindo que a mulher fosse colocada em prisão domiciliar. Entretanto, no dia 28 de setembro o juiz de Garantias José Agustín Delmás negou a liberdade. A defesa recorreu então ao Tribunal de Apelação, que também negou o recurso.
Apesar de oficialmente foragido da Justiça, Aguacate circulava livremente em Pedro Juan Caballero, cercado por seguranças armados e ocupando caminhonetes blindadas. Ainda não há pistas dos autores de sua morte.
Policiais da fronteira acreditam que o ex-chefe de segurança do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani tenha sido traído por seus guarda-costas. Assim como ex-patrão – executado a tiros de metralhadora calibre 50 em 2016 – Marcio Sánchez foi morto em 15 de junho.