Polícia liga execução de casal a homem encontrado degolado
Homem e mulher foram mortos a tiros e deixados a 100 metros do corpo achado ontem
A polícia suspeita de ligação entre a dupla execução descoberta nesta quinta-feira (4) e o corpo encontrado degolado na tarde de ontem em Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.
Os corpos de um homem e uma mulher estavam a cem metros do local onde o outro cadáver foi localizado, na região do Jardim Monte Alto, próximo à MS-164 e a poucos metros da linha internacional que separa o município de Ponta Porã do Paraguai. Os indícios são de que os três foram mortos entre a noite de terça-feira (2) e a madrugada de ontem.
No bolso da bermuda do homem, a polícia encontrou uma carteira de identidade em nome de Adeilton Rocha dos Santos, 52, natural de Flexeiras (AL). As impressões digitais foram coletadas para confirmar se o corpo é de fato do alagoano.
Com a mulher não foi encontrado nenhum documento, mas a polícia acredita que a vítima trata-se de uma goiana que nas redes sociais se identifica como Carolina Pulquerio.
As tatuagens nos braços exibidas nas fotos postadas no Facebook dela são idênticas às verificadas no corpo. A polícia também espera confirmar ou descartar a identificação pelas impressões digitais.
Levantamento no local onde os corpos foram encontrados, feito pela equipe chefiada pelo delegado Alcides Bruno Braun, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, encontrou cinco cápsulas deflagradas de calibre 9 milímetros. A suspeita é que Adeilton e a mulher tenham sido executados no próprio local.
Identidade confirmada – A Polícia Civil também confirmou nesta tarde que de fato o corpo encontrado ontem era de Wathylla Pereira Soares, 26, natural de Araguaína (TO), mas que até o ano passado morava em Várzea Grande (MT).
De manhã, o Campo Grande News informou que familiares dele já tinham feito reconhecimento por foto, mas ainda faltava a polícia confirmar a identidade através das impressões digitais.
Wathylla tinha extensa ficha criminal, inclusive por assalto em que um policial militar foi baleado, em agosto do ano passado, em Várzea Grande.
Na época, ele foi preso em flagrante e já estava sendo procurado por ordem da Justiça de Tocantins. Mesmo assim, atualmente estava em liberdade, já que a polícia de Mato Grosso do Sul não localizou mandado de prisão contra ele.