Policial penal é suspeita de facilitar entrada de drogas em presídio
Servidora pública de 58 anos teria permitido a entrada de tabletes de cocaína em pertences dos internos
Chefe da equipe de plantão do Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá procurou a 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade distante 428 quilômetros de Campo Grande para denunciar uma colega, policial penal de 58 anos, que estaria facilitando a entrada de drogas na unidade penal. O boletim de ocorrência foi registrado na manhã desta quinta-feira (12).
De acordo com o registro policial, a suspeita estava fazendo hora extra no plantão de quarta-feira (11), dia em que as famílias dos internos fazem a entrega dos pertences na unidade penal. Ela seria a responsável pela revista das sacolas com as roupas, materiais de higiene e outras coisas destinadas aos presos.
No entanto, por volta das 15h05, o chefe da equipe estava no portão de acesso e viu o momento em que a policial penal identificou com a mão uma das sacolas para os internos responsáveis por levar os itens para os outros presos. Ele então suspeitou da situação, já que tudo é etiquetado com o nome de quem vai receber.
Ele então esperou os internos se aproximarem com o carrinho das sacolas e decidiu fazer uma nova revista em todo o material. Neste momento, eles encontraram um tablete de cocaína em pacote que seria entregue a um preso por suspeita de envolvimento em um homicídio. Porções da droga também foram encontradas escondidas em sabão em pó marcado com a letra J.
Questionados, os presos responsáveis pelo transporte das sacolas informaram que apenas pegaram os pacotes na portaria e entregariam aos seus destinatários, mas não sabiam o que havia dentro. O interno que receberia a cocaína foi levado para cela disciplinar e depois o chefe de equipe relatou a situação ao diretor do presídio e ao responsável pela vigilância e segurança da unidade penal.
Com isso, o interno foi ouvido e em depoimento contou que outro preso havia pedido para que ele recebesse a sacola que teria sido entregue por sua esposa. Já a policial penal, responsável pela revista nos pacotes, não estava no local por ter encerrado seu expediente. O caso foi registrado como tráfico de drogas qualificado e é investigado.
Ao Campo Grande News, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) respondeu que "a Corregedoria-Geral está tomando as medidas para o afastamento cautelar da servidora".
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