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Interior

Político paraguaio preso em MS vai a júri em outubro por morte de jornalista

Vilmar Acosta Marques foi preso em Juti, em março de 2015

Helio de Freitas, de Dourados | 07/08/2017 10:55
Vilmar Acosta Marques está preso em Assunção (Foto: ABC Color)
Vilmar Acosta Marques está preso em Assunção (Foto: ABC Color)

O ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos (MS), Vilmar Acosta Marques, o Neneco, será julgado no dia 16 de outubro deste ano pelo assassinato do jornalista Pablo Medina e da acompanhante dele, Antonia Almada.

As mortes ocorreram no dia 15 de outubro de 2014 em Villa Ygatimí, departamento de Canindeyú, na fronteira com Mato Grosso do Sul. A Promotoria de Justiça vai pedir a pena máxima de 30 anos pelo crime, mas a defesa de Neneco afirma não existir provas contra ele.

Neneco foi capturado no município de Juti (MS) em março de 2015, e levado para Assunção, onde está preso. Ele tentou evitar sua extradição apresentando uma certidão de nascimento em território brasileiro, mas o documento foi considerado falso. O caso foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Todos os elementos presentados indicam a culpabilidade do réu. Nós do Ministério Público temos certeza que ele é o autor moral do crime”, afirmou a promotora Sandra Quiñónez.

Flavio Acosta Riveros, sobrinho de Neneco e um dos supostos pistoleiros que executaram Pablo Medina, está preso no Brasil. A Justiça do Paraguai aguarda sua extradição para o país vizinho. Wilson Acosta Marques, irmão de Neneco e que teria sido o autor dos tiros, continua foragido.

Repórter do ABC Color, principal jornal do Paraguai, Medina publicava denúncias ligando Neneco ao tráfico internacional de drogas. Na época do crime, o acusado era prefeito de Ypehjú. No mesmo ano, ele foi acusado de mandar matar um rival político local.

O motorista de Neneco, Arnaldo Cabrera, já foi condenado a cinco anos de prisão por participação no duplo homicídio. Ricardo Paredes, advogado de Neneco, disse que seu cliente vai a julgamento apenas com base em uma história “inventada” pela promotora.

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