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Interior

Presidente da Câmara diz que operação da PF não envolve Legislativo

Vereadores de Ponta Porã participam de sessão, iniciada logo após buscas em gabinete de Raphael Modesto

Helio de Freitas, de Dourados | 07/03/2023 10:28
Plenário da Câmara de Ponta Porã durante sessão nesta terça-feira (Foto: Direto das Ruas)
Plenário da Câmara de Ponta Porã durante sessão nesta terça-feira (Foto: Direto das Ruas)

O presidente da Câmara de Ponta Porã, Candinho Gambínio (PSDB), disse que a Operação Bárbaros, desencadeada hoje (7) pela Polícia Federal, não envolve o Legislativo da cidade localizada a 313 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

Na manhã desta terça-feira, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências do vereador Raphael Modesto Carvalho Rojas (PSDB), de um ex-vereador e de pelo menos três assessores parlamentares. Todos são investigados por grilagem de terra da União. Por ordem da Justiça Federal, Modesto foi afastado do mandato por 180 dias.

Na abertura da sessão ordinária, iniciada menos de duas horas após agentes da Polícia Federal deixarem o prédio localizado na Avenida Brasil, Gambínio leu uma nota curta e disse que a Câmara ofereceu respaldo total para as buscas.

“Acionamos nossa assessoria jurídica para acompanhar e prestar todo apoio aos trabalhos da Polícia Federal. Afirmo que trata-se de investigação que não envolve esta Casa de Leis”, disse o presidente.

Gambínio disse que ainda hoje a Câmara vai divulgar nota oficial sobre o caso. A Mesa Diretora também deverá se manifestar sobre a convocação do suplente de Raphael Modesto. A vaga dele na Câmara será ocupada pelo suplente Jorge Alves dos Santos, o Jorginho da Saúde (PSDB), que teve 581 votos na eleição de 2020.

Policiais analisam documentos e cheques encontrados em cofre na casa de vereador (Foto: Divulgação)
Policiais analisam documentos e cheques encontrados em cofre na casa de vereador (Foto: Divulgação)

A PF não divulgou os nomes dos investigados, mas o Campo Grande News apurou que o ex-vereador alvo de mandado de busca seria César Mattoso. Já as identidades dos assessores parlamentes ainda são desconhecidas.

A Operação Bárbaros investiga crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo o vereador, seus assessores parlamentares e o ex-vereador de Ponta Porã.

As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União em Ponta Porã. A PF ainda não divulgou o balanço das buscas.

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