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Interior

Preso pela morte de casal é fichado desde 2008 por estupro e ameaça

Histórico de Jair chega até o Mato Grosso, onde também foi fichado por estelionato

Izabela Sanchez | 30/05/2020 17:00
Ele tentava fugir para o Pantanal quando foi preso (Foto: Divulgação)
Ele tentava fugir para o Pantanal quando foi preso (Foto: Divulgação)

Preso na manhã de ontem (29) pelo assassinato da Marilei Ramos, 33 anos e, do namorado dela, Gilcione Rodrigues Martins, 34, Jair Soares de Oliveira tem passagem pela polícia de Mato Grosso do Sul ao menos desde 2008.

Segundo o delegado que investiga o duplo homicídio qualificado, o caso foi motivado, segundo as investigações, pelo ódio e ciúme de um relacionamento que chegou ao fim. Titular da delegacia de Costa Rica, onde o crime ocorreu, Cleverson Alves, contou que há um boletim registrado em 2008 contra ele, por estupro e ameaça, em Coxim, cidade próxima, também na região norte.

Ao delegado, ele ainda disse ter sido preso em Campo Grande pela Polícia Federal. Sem cita a data, "contou ter sido liberado após ser inocentado em investigação sobre uma quadrilha ligada a roubos". Cleverson afirma que ainda não é possível confirmar o caso. Fora de Mato Grosso do Sul, já havia aplicado estelionatos no Mato Grosso.

Marilei sofreu - Antes de ser assassinada com golpes no rosto, de um punhal que Jair confessou ter fabricado para o crime, Marilei sofreu com a perseguição e o ódio do ex-companheiro. Ela já tinha medida protetiva, mas ele violou a determinação de se manter longe dela, concedida há pouco tempo.

"Em março desse ano, no dia 29 de março, por volta das 23h, ele sequestou ela em Costa Rica, colocou dentro do carro sob ameçaada de arma de fogo, próximo a Alcinópolis, e quando ele diminuiu a velocidade em uma manobra, ela pulou de um carro em movimento, e conseguiu fugir", conta o delegado.

Jair foi perseguido pelos policiais, mas abandonou o carro em um matagal entre Alcinópolis e Coxim, e fugiu. "Ela se apresentou e foi instaurado inquérito em Coxim, por sequestro, lesão corporal e ameaça, sequestro, foi concecida a ela medidas protetivas", relata Cleverson.

No dia em que foi assassinada, recebeu várias ligações e cansada, enviou mensagens para ele dizendo que iria denunciá-lo no dia seguinte, novamente. Não deu tempo.

Depois de matá-la, ele tinha plano de fuga, que foi frustrado pelos policiais no momento em que foi preso na região de Pedro Gomes, em ponte sobre o Rio Taquari.

Ele planejava ir para o Pantanal e ficar escondido, trabalhando na área rural, e foi auxiliado por uma pessoa da família dele, que a polícia ainda investiga para saber quem é.

Marilei e Gilcione foram encontrados mortos na manhã de quinta-feira (28) em Costa Rica, cidade distante a 305 quilômetros de Campo Grande. Gilcione foi atingido com diversas facadas nas costas e uma próximo ao pescoço. Ao que tudo indica ele estava dormindo de bruços e virou para tentar se defender, quando Jair o golpeou no pescoço. Marilei foi atingida com facadas na região do rosto.


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