Preso por matar estudante brasileira, eletricista fica em silêncio
Cristopher Romero Irala não respondeu a perguntas de repórteres e para a polícia admitiu apenas que trabalhou perto do local onde estudante de medicina foi morta
Principal suspeito de matar com 19 golpes de punhal a estudante brasileira Erika de Lima Corte, 29, na madrugada de segunda-feira (20), o eletricista paraguaio Cristopher Andrés Romero Irala, 27, se mantém em silêncio sobre as acusações.
Ele foi preso por volta de 4h20 da madrugada de hoje (22) em Concepción, a 215 km da fronteira com Mato Grosso do Sul, e trazido para Pedro Juan Caballero, cidade onde Erika morava para estudar medicina.
Com o rosto coberto, Cristopher não foi apresentado aos jornalistas, mas não quis responder a nenhuma das perguntas sobre o crime, como mostra o vídeo abaixo. Policiais paraguaios afirmam que ele também se manteve em silêncio ao ser interrogado sobre o crime.
O suspeito só respondeu ao ser questionado sobre o motivo de ter sido visto nos arredores da casa onde a brasileira foi morta. Disse que fazia serviços de eletricista nas redondezas.
Cristopher chegou a ser gravado comprando sorvete de chocolate em uma sorveteria perto do local do crime. Um pote de sorvete do mesmo sabor e marca foi encontrado na casa de Erika Corte.
“Cristopher ficou em silêncio. Evidências foram apreendidas e serão submetidas à perícia”, disse nesta manhã ao Campo Grande News o promotor Gabriel Segovia, que conduz as investigações. Na noite de ontem (21), policiais paraguaios fizeram buscas na casa do rapaz em Pedro Juan Caballero e encontraram roupas femininas.
Cristopher foi preso na casa do irmão. Ele estava com um boné verde, igual ao usado pelo homem que aparece na gravação da câmera de segurança da sorveteria. O suspeito também estava com um Corsa prata, visto circulando perto do local do crime.
Outro crime – Em 2012, Cristopher foi acusado de um crime semelhante em Pedro Juan Caballero. No dia 14 de agosto de 2012, na época com 21 anos, foi apontado como suspeito pelo assassinato da estudante universitária paraguaia Daisy Patricia Benítez Gómez, 26, estrangulada, torturada e morta a golpes de punhal.
O rapaz ficou um tempo foragido, depois de apresentou e chegou a ser preso pelo assassinato, mas por falta de provas acabou sendo liberado. Além de desferir várias punhaladas na vítima, o assassino tentou queimar o corpo.
Mato-grossense de Pontal do Araguaia, Erika cursava o segundo ano de medicina em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Ela foi morta na madrugada de segunda, na casa onde morava com outra estudante brasileira. O corpo foi enterrado ontem na cidade mato-grossense, onde o pai de Erika já foi prefeito.