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Interior

Presos na Colômbia são os contratados para assassinar promotor paraguaio

Governo colombiano mantém em sigilo identidades dos cinco suspeitos presos hoje na região de Medellín

Helio de Freitas, de Dourados | 03/06/2022 15:26
Ministro paraguaio Federico González evitou divulgar detalhes da operação na Colômbia. (Foto: ABC TV)
Ministro paraguaio Federico González evitou divulgar detalhes da operação na Colômbia. (Foto: ABC TV)

O governo da Colômbia informou que os quatro homens e uma mulher presos hoje (3) na Operação Guarani são os "autores materiais" da morte do promotor paraguaio Marcelo Pecci, ou seja, os que executaram o plano de assassinato. Os mandantes ainda não foram localizados.

Chefe da força-tarefa contra o crime organizado em território paraguaio e com atuação, inclusive, contra as facções da fronteira com Mato Grosso do Sul, o promotor foi morto a tiros no dia 10 deste mês, quando passava a lua de mel na província de Barú, em Cartagena das Índias, na costa caribenha da Colômbia. Estavam só ele e a mulher, sem qualquer segurança.

Os suspeitos foram presos em Envigado, na região metropolitana de Medellín, uma das principais cidades da Colômbia e conhecida por ter sido o berço do narcotraficante Pablo Escobar.

Em entrevista coletiva após as prisões, autoridades colombianas e paraguaias – que estão naquele país para acompanhar as investigações – deram poucos detalhes sobre os suspeitos. As identidades deles são mantidas em sigilo.

Segundo o governo colombiano, os investigadores chegaram até eles após monitorar centenas de ligações telefônicas nos dias que antecederam ao assassinato e na data em que o promotor foi morto na praia.

Todos estariam diretamente ligados no planejamento e execução do crime. O contratante seria outro homem, ainda não localizado. Os três tiros de pistola que causaram a morte de Marcelo Pecci teriam sido disparados por um dos homens presos hoje, de nacionalidade venezuelana.

Durante evento nesta sexta-feira em um hotel de Luque, na região metropolitana da capital Asunción, o ministro do Interior do Paraguai, Federico González, foi cobrado sobre as investigações, mas não quis divulgar detalhes.

De Washington, nos Estados Unidos, onde está em viagem oficial, o presidente da Colômbia Iván Duque se manifestou sobre a prisão dos suspeitos. Segundo ele, as evidências da participação deles no crime são robustas. “Será esclarecido esse horrendo crime e todos que participaram terão o que merecem”, afirmou.

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