Promotor que atuava contra o narcotráfico é executado em lua de mel
Paraguaio Marcelo Pecci foi morto com três tiros em praia de Cartagena das Índias, na Colômbia
O promotor de Justiça do Paraguai Marcelo Pecci foi executado nesta terça-feira (10), em Cartagena das Índias, na Colômbia, onde estava em viagem de lua de mel. A morte foi confirmada pela embaixadora do Paraguai naquele país, Sofía López Garelli.
Ele comandava as ações do Ministério Público paraguaio contra o crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo. Pecci atuava, inclusive, no combate aos cartéis que dominam o tráfico de drogas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Segundo informações preliminares divulgadas pela imprensa paraguaia, Marcelo Pecci e a esposa estavam em uma praia de Cartagena onde é possível chegar apenas de barco. Ele teria sido alvejado por três tiros. O promotor e a jornalista Claudia Aguilera se casaram no dia 30 do mês passado.
Marcelo Daniel Pecci Albertini esteve à frente das principais operações contra o crime organizado deflagradas no Paraguai. A principal delas é a “Ultranza PY”, que desmantelou o gigantesco esquema de envio de cocaína em navios para a Europa.
Empresários, políticos e pessoas ligadas à igreja evangélica foram presos e outras ainda estão sendo procuradas após a apreensão de aviões, caminhões, rebanhos bovinos, carros superesportivos, iates e dezenas de imóveis.
Ele também atuava nos grandes casos ocorridos na linha internacional. O mais recente foi a chacina de quatro pessoas em Pedro Juan Caballero, em outubro do ano passado. Até agora, o crime não foi totalmente esclarecido.