Projeto fará diagnóstico das águas de Bonito e atuará em áreas privadas
Trabalho será piloto e poderá ser estendido para as demais microbacias
O Projeto Águas de Bonito fará o diagnóstico e atuará na conservação, com gestão compartilhada das bacias hidrográficas da região. As ações terão início pela microbacia do Rio Mimoso e os trabalhos devem ser expandidos para os demais cursos d’água no município.
Uma parceria entre o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), a ONG Instituto das Águas da Serra da Bodoquena e o Ministério Público Estadual, o projeto é divido em três segmentos.
O Imasul irá elabora o Plano de Trabalho com o diagnóstico preciso e as intervenções necessárias em cada ponto. A ONG fará o monitoramento da qualidade de água dos pontos críticos, seleção das propriedades rurais para receber mudas nativas, insumos para isolamento das reservas e até apoio no plantio com empréstimo de maquinário.
Já o Ministério Público vai fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento do projeto, que tem prazo de um ano para ser executado.
A escolha de começar pela microbacia do Mimoso, de acordo com o fiscal ambiental responsável pelo desenvolvimento do projeto, Marcelo Brasil de Brasil, foi porque as cabeceiras desse rio estão um uma região extremamente frágil. O trabalho será piloto e poderá ser estendido para as demais microbacias.
O diagnóstico prévio com fotos de satélite de todo leito do rio Mimoso aponta que o rio tem cerca de 45 quilômetros de extensão e abrange área de aproximadamente 25 mil hectares. As fotos ainda possibilitam a identificação de pontos com mata ciliar ausente ou deficitária, as erosões e os caminhos da enxurrada.
“Agora precisamos fazer visitas técnicas in loco para ver o que realmente acontece. Não é uma situação genérica, tem lugar que é preciso plantar (a mata ciliar), tem lugar que um açude para conter as águas resolve. Tem caso que vamos sugerir o cercamento para evitar que o gado chegue à barranca do rio”, explicou Marcelo. O projeto será executado em um ano.