Protesto de índios continua e bloqueio atinge três pontos do anel viário
Agesul vai fazer levantamento com o Detran, na semana que vem, para verificar possibilidade de instalar redutor de velocidade
Índios das aldeias Bororó e Jaguapiru ampliaram o bloqueio de um trecho do anel viário de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. O protesto começou na tarde desta terça-feira (22) e não tem data para acabar, segundo os líderes do movimento. Com galhos, troncos e pedras, os índios interditam agora três pontos da estrada, no trecho entre a MS-156 e a Avenida Guaicurus.
Índio atropelado – O protesto começou após o atropelamento, ontem à tarde, de Miguel Britos, 55, morador na aldeia Bororó, atingido por uma carreta basculante, carregada com pedra brita, ao tentar atravessar a estrada, que passa ao lado da reserva indígena. Miguel chegou a ser socorrido ao hospital, mas morreu em consequência dos ferimentos.
Os índios prometem manter a estrada interditada até algum representante do governo do Estado ir ao local e se comprometer a instalar mais sinalização e redutores de velocidade.
O anel viário foi construído em 2010 para desviar o tráfego de caminhões do perímetro urbano. Pelo menos dez pessoas, a maioria moradores da reserva, já morreram vítimas de acidente nesse trecho.
Estudo técnico – Em nota distribuída nesta quarta-feira, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que junto com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) vai fazer, na semana que vem, um estudo técnico no trecho da Perimetral Norte (como é chamado o anel viário).
O objetivo, segundo os órgãos estaduais, é encontrar os pontos de conflitos e acidentes e verificar a “viabilidade da instalação de equipamento eletrônico”.