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Interior

Receita Federal sinaliza viabilidade de criar porto seco em Três Lagoas

Em cinco anos, município movimentou US$ 2,517 bilhões em importações

Por Gustavo Bonotto | 18/03/2024 21:37
Vista aérea do município de Três Lagoas, situado a 327 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Semadesc)
Vista aérea do município de Três Lagoas, situado a 327 quilômetros de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Semadesc)

A Receita Federal sinalizou a viabilidade econômica para a implantação de estrutura alfandegária no porto seco de Três Lagoas, município situado a 327 quilômetros de Campo Grande, em nota técnica destinada à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Conforme o documento, no período de 2018 a agosto de 2023, o município movimentou US$ 2,517 bilhões, cerca de 32,5% das importações sul-mato-grossenses. Com relação às exportações realizadas no período de 2018 a 2022, por operadores do comércio exterior sediados em Três Lagoas e região, foram movimentados US$ 2.024 bilhões, cerca de 4,6 milhões de toneladas.

Já sobre a área necessária para a instalação do espaço, o documento aponta que “[...] é possível estimar uma área de aproximadamente 100 mil m², considerando certa margem de folga em razão da possibilidade futura de uma interoperabilidade com o modal ferroviário".

Após reunião com a Superintendência do órgão, o secretário Jaime Verruck disse estar trabalhando pela viabilização do projeto. "[...] A partir do momento em que a prefeitura disponibilizar a área deve ser realizado um edital público para a licitação e as empresas privadas poderão participar", pontuou.

Ainda segundo Verruck, já existe a sinalização de um empresário local que pode fazer a doação de 10 hectares para a Prefeitura de Três Lagoas. "Obviamente, cabe ao município dar agilidade a esse processo", discorreu o titular da Semadesc.

"Trata-se de um projeto importante para Mato Grosso do Sul. Hoje nós temos um porto seco em Corumbá, mas nosso Estado já tem volume suficiente para dar viabilidade econômica à costa leste. Dentro da lógica do desenvolvimento, o projeto vai demandar um entroncamento rodoviário no município de Três Lagoas e possibilitar, inclusive, que a gente consiga avançar na viabilização da própria ferrovia da nossa Malha Oeste”, concluiu.

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