Retaliação pode ter motivado ataque a diretor de penitenciária da fronteira
Imprensa paraguaia diz que a ação está ligada à transferência de três integrantes do PCC
O ataque a tiros contra o diretor da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, ocorrido na última sexta-feira (6), a 313 quilômetros de Campo Grande, teria sido uma ação ordenada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa brasileira. As investigações apontam que o atentado contra Miguel Eliezer Ocampos Rojas, 48 anos, foi uma retaliação devido às recentes transferências de presos de alta periculosidade para o presídio de segurança máxima de Minga Guazú, no Paraguai.
Conforme o jornal paraguaio Ultima Hora, embora tenha sido atingido por um disparo no abdômen, Miguel conseguiu sobreviver ao ataque e se refugiou na base da Diretoria de Polícia do distrito paraguaio de Amambay, onde recebeu socorro.
O ataque foi registrado por câmeras de segurança, que mostram o momento em que dois pistoleiros, em uma motocicleta, dispararam contra o Volkswagen Gol do diretor enquanto ele deixava o local de trabalho. Após os disparos, ele conseguiu escapar e os criminosos fugiram.
A situação gerou grande preocupação entre os familiares de Ocampos, que denunciaram a falta de segurança adequada em sua residência, em Concepción, e pediram proteção constante para o diretor. Joel Ocampos, irmão da vítima, expressou indignação pelo fato de as autoridades não fornecerem segurança permanente para o diretor penitenciário, apesar da gravidade do atentado.
Ele ressaltou a necessidade urgente de medidas de proteção para evitar novos ataques. “Meu irmão precisa de proteção constante, tanto em casa quanto durante seus deslocamentos”, declarou,
O Ministério da Justiça do Paraguai afirmou que tomou providências para garantir a segurança de Ocampos e sua família, enquanto a Polícia Nacional de Amambay continua investigando o caso para identificar os responsáveis.
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