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Interior

Secretaria de Educação nega corte de ponto de professores em greve

Caroline Maldonado | 24/07/2014 17:47
Professores fizeram novo manifesto hoje (Foto: Divulgação/Simted)
Professores fizeram novo manifesto hoje (Foto: Divulgação/Simted)

A secretária de Educação de Dourados, Mariniza Mizoguchi, nega ter feito ameaças de corte de ponto e contratação de professores substitutos, em virtude da greve dos servidores que já tem 9 dias e adesão de pelo menos 90% dos funcionários das escolas municipais da cidade, que fica a 233 quilômetros de Campo Grande.

O Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) fez denuncia ao MPE (Ministério Público Estadual) afirmando ter recebido um ofício da secretaria com a ameaça de contratação de substitutos. Na segunda-feira (21), a Câmara Municipal aprovou reajuste de 8,31% para professores e de 6,15% para funcionários administrativos a partir de julho. Os retroativos de abril, maio e junho serão pagos em agosto, setembro e outubro, segundo o projeto.

O sindicato, no entanto, segue com as reivindicações do piso de 20h e a inserção do pessoal de administrativo no plano de carreira. Nesta manhã, os servidores fizeram manifesto em frente a Prefeitura, mesmo sabendo que o prefeito, Murilo Zauith (PSB), está em viagem no Paraguai.

Segundo o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo, a ausencia do prefeito não interfere a agenda da greve e a movimentação é necessária justamente para que ele aceite se reunir com os grevistas quando retornar à cidade. “Não vamos recuar, porque isso é algo que o prefeito prometeu em abril. Ele disse que faria em 2016, mas depois voltou atrás, então não vamos esperar o tempo passar, queremos que ele se comprometa a atender nossas reivindicações”, disse João.

Para a secretaria, a greve é uma manobra política do sindicato e não há como conceder o piso de 20h, que significaria dobrar o salário, na opinião dela. “Nós gastamos R$ 11 milhões com salários. Desses, R$ 7,0 milhões são recursos federais e para complementar a Prefeitura dá R$ 3 milhões, ou seja, mais do que exige a lei. A lei diz que o município deve dar 25% e nós aqui entramos com 34%”, justificou a secretária.

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