ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  17    CAMPO GRANDE 31º

Interior

Secretárias explicam ação do Gaeco, mas não convencem vereadora

Helio de Freitas, de Dourados | 07/02/2018 15:59
Secretárias de Educação e de Administração reunidas hoje com vereadores de Dourados (Foto: Divulgação)
Secretárias de Educação e de Administração reunidas hoje com vereadores de Dourados (Foto: Divulgação)

A Operação Volta às Aulas, desencadeada segunda-feira (5) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na prefeitura foi o assunto de uma reunião na manhã de hoje (7) na Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

As secretárias de Educação, Denise Portollan de Moura, e de Administração, Elaine Terezinha Boschetti, foram convocadas pelos vereadores para explicar o motivo da operação, que apreendeu centenas de documentos nas duas secretarias.

A ação faz parte de uma ação em andamento na Justiça de Dourados, para investigar suspeita de contratação ilegal de professores sem concurso para vagas que só poderiam ser ocupadas por profissionais concursados, as chamadas “vagas puras”.

A prefeitura alega não existir nenhuma irregularidade nas contratações. Já o Ministério Público justifica que as buscas de segunda-feira foram necessárias por falta de informações claras por parte do município.

Na reunião com os vereadores – a maioria da bancada de sustentação da prefeita Délia Razuk (PR) – Denise Portollan disse que a administração municipal está “tranquila” com a situação, “pois toda a documentação estava de acordo com a lei”.

Entretanto, a presidente da Câmara, Daniela Hall (PSD), que integra a oposição à administração, disse não ter ficado convencida com as explicações. “A mim não convenceu, mas a maioria se deu por satisfeita. Na sessão do dia 19 elas farão um pronunciamento na tribuna livre”, disse Daniela ao Campo Grande News.

Segundo ela, as secretárias não souberam responder qual o número de vagas puras – como questiona o Ministério Público. Falaram que as vagas são ‘flutuantes’ e que não há como dizer quantas são, pois o número aumenta e diminui conforme aparecem atestados, afastamentos, aposentadorias e licenças”.

Daniela Hall disse que os vereadores têm sido cobrados pela população sobre a operação do Gaeco, que fez uma devassa nas sedes das duas secretarias em busca de documentos. “Queremos este feedback da prefeitura. Precisamos ter propriedade para explicar o porquê do Gaeco ter ido até a prefeitura. Até o momento olhamos para essa situação com um olhar neutro”, afirmou ela.

Nos siga no Google Notícias