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Sem lances, imóveis de ex-prefeito voltam a leilão, 40% mais baratos

Novo prazo para apresentação de lances vai até 14h (de MS) do dia 10 deste mês

Helio de Freitas, de Dourados | 04/05/2023 15:22
Casa onde Ari Artuzi morava no Jardim Canaã I, um dos 11 bens leiloados (Foto: Leilões Online MS)
Casa onde Ari Artuzi morava no Jardim Canaã I, um dos 11 bens leiloados (Foto: Leilões Online MS)

Os 11 imóveis que fazem parte do espólio do ex-prefeito de Dourados Ari Valdecir Artuzi continuam em leilão, agora em segunda praça, com redução de 40% do valor de avaliação. Do montante de R$ 13,5 milhões lançados na primeira praça, os lances mínimos agora somam R$ 8,1 milhões.

A primeira etapa, aberta no dia 28 de março deste ano, terminou às 14h (de MS) de ontem (3), mas nenhum dos 11 imóveis foi arrematado.

Um dos bens, terreno de 600 metros quadrados no Jardim Maracanã, chegou a receber proposta de R$ 81 mil (R$ 1 mil acima do valor mínimo), mas o interessado apresentou requerimento questionando o valor a ser pago e o leiloeiro excluiu o lance. Com isso, os 11 imóveis continuam em leilão. O novo prazo termina às 14h (de MS) da próxima quarta-feira (10).

A reportagem apurou que a falta de lances na primeira praça de leilões é comum, pois os interessados preferem esperar a segunda praça e conseguir arrematar os bens com 60% do valor de avaliação.

Determinado pela juíza Daniela Vieira Tardin, da 4ª Vara Cível de Dourados, o leilão pretende arrecadar dinheiro para pagar dívidas cobradas por credores na Justiça e valores de ações de improbidade administrativa nas quais o ex-prefeito foi condenado.

Vereador, deputado estadual e prefeito de Dourados de janeiro de 2009 a setembro de 2010, Ari Artuzi foi pivô do maior escândalo da política douradense que respingou até em políticos estaduais e membros do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O caso foi investigado no âmbito da Operação Uragano.

Preso no dia 1º de setembro de 2010 junto com vereadores, empresários e servidores públicos, Artuzi renunciou ao mandato ainda atrás das grades e morreu em agosto de 2013, em decorrência de câncer no intestino.

Entre os imóveis leiloados, o mais valioso é a Fazenda Revolta, de 145 hectares, localizada na região de Porto Cambira, na margem da MS-156 e a 15 km do viaduto da BR-163, na região sul de Dourados. São quatro matrículas que formam a propriedade. Em primeira praça, o lance mínimo era de R$ 11,7 milhões. Agora é de R$ 7,02 milhões.

Outros sete imóveis urbanos, localizados em bairros de Dourados, seguem e leilão. Os bens foram avaliados em R$ 1,87 milhão, mas em segunda praça podem ser arrematados por R$ 1,1 milhão. Entre esses imóveis está a casa onde o ex-prefeito morava, localizada na Rua Álvaro Brandão, no Jardim Canaã I, onde Artuzi iniciou na política transportando moradores até hospitais e postos de saúde. O lance mínimo desse imóvel agora é de R$ 84 mil.

Metade do valor levantado no leilão ficará com a ex-primeira-dama de Dourados, Maria Aparecida Freitas. O dinheiro que sobrar após o pagamento das dívidas será dividido entre os herdeiros – a esposa de Artuzi, Marinete Alves Bezerra Artuzi, as duas filhas dele com Maria Freitas e dois filhos reconhecidos através de exames de DNA após a morte do ex-prefeito.

Ainda existe terceiro pedido de reconhecimento de paternidade, ainda em andamento. Se o resultado for positivo, esse filho também entra na lista de herdeiros. A lista de bens, com informações técnicas, fotos e valores dos lances mínimos, está disponível no site www.leiloesonlinems.com.br.

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