Shirley ainda lutou com 'amigo' rejeitado antes de ser morta a facadas
Mulher foi assassinada por se recusar ter um relacionamento amoroso com o autor do crime
Shirley Alves, de 32 anos, teria lutado com Rodrigo Lisboa, 31 anos, antes de ser morta a facadas por ele na noite de segunda-feira (21), em Costa Rica, a 305 km de Campo Grande. Segundo o que foi apurado sobre o crime, o homem, que se suicidou após matá-la, era o melhor amigo da vítima, mas não aceitou uma paixão não correspondida.
Segundo a polícia, na residência de Shirley há indícios de que ela lutou com Rodrigo antes de ser morta. A porta da residência estava amassada na parte de dentro e, além disso, o homicídio teria acontecido na cozinha da casa, mas o homem arrastou o corpo até o quarto.
Após matar Shirley, Rodrigo foi até a casa de um tio, pegou uma arma calibre 22 e fez dois disparos, um deles do lado esquerdo da própria cabeça. A polícia conseguiu entrar na residência e localizou o homem caído de bruços, dentro do quarto do tio, em uma poça de sangue.
Rodrigo chegou a ser socorrido com vida e foi levado ao hospital local com hemorragia e dificuldade para respirar. Porém, acabou morrendo na manhã desta terça, após ser transferido para a Santa Casa em Campo Grande.
Caminhavam juntos – Na tarde desta terça-feira (22), moradores relataram que Shirley sempre se mostrou uma pessoa alegre. De acordo com um comerciante da região central da cidade, que pediu para não ter a identidade revelada, Rodrigo e Shirley eram amigos de infância e costumavam fazer caminhadas juntos.
"Ela era uma moça muito querida e foi um baque para todos nós. O autor aparentava ser uma pessoa bem calma e só ficamos sabendo que ele era muito apaixonado por ela", explica.
Outra moradora da região, que também trabalhou com a vítima por um período, relata que Shirley era formada em pedagogia e havia se separado há algum tempo. "Ela não tinha filhos. Os pais e um irmão dela estão atualmente morando na cidade de Cuiabá, em Mato Grosso. Na cidade, mora apenas sua irmã e Shirley seria a mais velha dos três filhos".
Segundo uma colega de trabalho da vítima, que também não quis ter a identidade revelada, Shirley trabalhou por um período na secretaria da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Costa Rica.
"Ficamos tristes quando soubemos porque ela era muito meiga. Todos que a conheciam gostavam muito dela. Eles faziam caminhadas juntos e pareciam irmãos. Ele dizia que era apaixonado por ela mas isso não é amor, quem ama não faz isso".