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Interior

Surto de covid-19 obriga prefeitura a fechar escola que atende assentamentos

A onda de infecções começou após duas professoras e um aluno do colégio testarem positivo para a doença

Clayton Neves | 06/12/2021 15:08
Escola municipal atende pelo menos três assentamentos de Sidrolândia. (Foto: Enelvo Jr)
Escola municipal atende pelo menos três assentamentos de Sidrolândia. (Foto: Enelvo Jr)

Unidade que atende assentamentos de Sidrolândia, a Escola Municipal Ariano Suassuna teve de ser fechada após surto de covid-19 na região. A onda de infecções começou após duas professoras e um aluno do colégio testarem positivo para a doença. A principal suspeita dos moradores é que o vírus tenha se alastrado pelo ônibus escolar usado pelos estudantes e que circula por pelo menos três comunidades da região.

Das nove pessoas que moram na casa de Ordilene Fernandes, de 38 anos, seis foram infectadas. “Estamos nos recuperando, mas uma das minhas crianças ficou muito mal e teve até falta de ar”, conta a moradora do Assentamento Barra Nova II. Segundo ela, houve demora da escola em avisar os pais sobre a situação.

“Há dias, a gente ouvia sobre crianças que foram embora porque estavam passando mal, mas eles só falaram claramente sobre o que estava acontecendo quando a situação já estava fora do controle e tiveram até de fechar a escola. Uma funcionária me disse que fizeram isso para não alarmar os pais, mas isso é errado”, comenta.

A informação é contestada pelo secretário municipal de Saúde da cidade, Luiz Carlos Alves. Ele confirmou o que chamou de “surto localizado", mas pontuou que todas as providências necessárias foram adotadas dentro do prazo hábil. “Após a confirmação das professoras, montamos equipe volante e fomos no dia seguinte até os assentamentos, onde realizamos 53 testes. Destes, 10 deram positivo”, explica.

De acordo com Luiz Carlos, na sexta-feira (3), as famílias foram orientadas e colocadas em isolamento. As aulas na escola foram suspensas até quinta-feira (9) e o prédio passou por desinfecção. “Também disponibilizamos álcool em gel, máscaras, medicamentos e cesta básica para auxiliar os moradores durante esse período”, completa.

Mesmo com as medidas, alguns pais se dizem resistentes em deixar com que os filhos retornem às salas de aula. “Começou foi na escola, até porque nós aqui não saímos de casa. Agora, fico com medo de mandar meu filho de volta para lá. Não quero que ele e mais ninguém da minha família passe por essa situação de novo”, finaliza.

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