Três Lagoas comemora 101 anos nesta quarta-feira com Desfile Cívico
Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande, completa nesta quarta-feira (15) 101 anos de Emancipação Político-administrativa. A comemoração será marcada pelo tradicional Desfile Cívico e às 8h, será realizado o Hasteamento do Pavilhão e na sequência, às 8h30, o Desfile, que sai da frente da igreja matriz, na avenida Antônio Trajano.
Alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino) participam do evento, além de servidores de diversas secretarias, parceiros como Polícia Militar, Exército, Corpo de Bombeiros e APAE, totlizando 43 Blocos que passarão pela Avenida.
O Desfile é uma organização da Semec (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) e traz este ano o seguinte tema "Três Lagoas: Uma história de conquistas e vitórias. Educação: A trajetória de um sonho".
Desenvolvimento - O município corresponde atualmente, por 50% do volume de exportação industrial do estado de Mato Grosso do Sul, sendo os principais itens a celulose e o farelo de soja. A importação também segue crescente, devido à demanda necessária para a produção das indústrias instaladas no Município, tendo como principais produtos de consumo industrial os materiais têxteis, cereais e siderurgia.
A cidade possui quase 3 mil empresas instaladas e 54 indústrias de grande e médio porte. Três Lagoas também é conhecida industrialmente pela sua potencialidade logística, possuindo três modais, hidrovia, ferrovia e rodovia.
História - De acordo com relatos no Instituto Histórico Brasileiro, a história de Três Lagoas começou em 1829 com a entrada do sertanista Joaquim Francisco Lopes. Explorações completas foram realizadas na região entre 1830 e 1836. Os primeiros posseiros de terras foram Januário José de Souza, Inácio Furtado, Januário Garcia Leal, Francisco Lopes, Gabriel Lopes, José Lopes e Antônio Gonçalves Barbosa.
A Guerra do Paraguai fez com que os exploradores recuassem após avançarem o Rio Pardo, no rumo do Vacaria e do Brilhante. O fim do combate os trouxe de volta ao Vacaria.
Em 1885, Protázio Garcia Leal, apossa-se da região do “Piaba”; Nícésio Ferreira de Melo se estabelece no Rio Verde; No Ribeirão do Campo Triste destacou-se Antônio Ferreira Bueno, que batizou o local de Serrinha, onde hoje localiza-se o Distrito de Garcias; Antônio Paulino toma posse em águas do Campo Triste.
Nesta época já havia o destacamento do Governo Imperial em Itapura, às margens do rio Tietê, entretanto a comunicação com os sertanistas do Mato Grosso era inexistente.
Em 1888, o Capitão Joaquim Ribeiro da Silva Peixoto comandava a guarnição de Itapura, composta por 40 homens escolhidos. Um deles, João Elias, iniciou uma investida na Barra do rio Sucuriú, acima da corredeira do Jupiá. Mais tarde Elias convenceu Protázio Garcia Leal a estabelecer comércio em Itapura.
Já em 1889, o comércio de sal e mercadorias via rio Tietê o fez “descobrir” as três lagoas. Naquela época a venda dos produtos já atraía posseiros e criadores de gado à região. A posse da Fazenda das Alagoas foi então dada a Antônio Trajano dos Santos que se estabeleceu próximo a maior das três lagoas. O então fazendeiro doa uma parte de suas terras para a formação do “Patrimônio de Santo Antônio das Alagoas”, em homenagem ao santo de sua devoção.
A República contribuiu para que diversas pessoas se estabelecessem às margens dos rios que banham a região, como Sucuriú, Rio Verde, Rio Pardo e Rio Paraná.
Anos depois o Governo do Estado doa 3.600 hectares de terra, anexados à Fazenda das Alagoas e o povoado recebe o nome de “Vila de Três Lagoas”. Em 1915 o território é separado política e administrativamente se Santana de Paranaíba, atual município de Paranaíba, e surge a cidade de Três Lagoas.