Uma semana depois, assassino de Dirceu Lanzarini continua solto
Sejusp afirma que buscas continuam, inclusive com apoio da polícia do Paraguai, mas Luis Fernandes ainda não foi encontrado
Uma semana já se passou e até agora a polícia de Mato Grosso do Sul não conseguiu localizar Luis Fernandes, o “Paraguaio”, 54 anos, que no dia 24 de fevereiro descarregou o revólver na direção do então assessor especial do Escritório de Gestão Política de Mato Grosso do Sul Dirceu Lanzarini, 62, e do genro dele, Kesley Aparecido Vieira Matricardi, 33.
Os crimes ocorreram na fazenda de Lanzarini, no município de Amambai, fronteira com o Paraguai. Fernandes trabalhava há dez anos na propriedade e teria se desentendido com o patrão por causa dos valores de comissões sobre a lavoura. Lanzarini foi atingido na cabeça e morreu horas depois em Dourados. Kesley foi ferido no braço e de raspão no pescoço, mas sobreviveu.
A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) montou força-tarefa com a participação de agentes de delegacias especializadas da Polícia Civil e de grupos de elite da Polícia Militar para fechar o cerco ao autor dos crimes. Helicóptero e drones foram usados, mas sete dias depois a polícia não conseguiu chegar ao foragido.
Apesar da proximidade com o território paraguaio, só na sexta-feira (28) a Sejusp pediu apoio às autoridades paraguaias para que Luis Fernandes passe a ser procurado também no país vizinho.
Delegados que comandam as investigações se reuniram com o comissário da Polícia Nacional em Capitán Bado Alexander Méndez e com o promotor Hernan Mendoza e entregaram documento para expedição do mandado de prisão de Luis Fernandes também em território paraguaio. A prisão dele já tinha sido decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul.
As buscas da polícia incluíram fazendas, matas e rios que cortam regiões próximas a Amambai e ao Paraguai. Na semana passada, policiais que atuam nas investigações acreditam que Fernandes tenha se escondido em matas ou conseguido chegar ao território paraguaio. Nesta segunda-feira (2) o Campo Grande News tentou falar com os delegados que atuam nas investigações, mas não houve resposta às mensagens deixadas no aplicativo WhatsApp.