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Interior

Usina Odebrecht visa acordo com pecuaristas e toma medidas para acabar com mosca

Renata Volpe Haddad | 06/07/2015 19:32
Usina toma medidas para acabar com as moscas que se proliferam na vinhaça da cana-de-açúcar. (Foto: Divulgação)
Usina toma medidas para acabar com as moscas que se proliferam na vinhaça da cana-de-açúcar. (Foto: Divulgação)

A Usina Odebrecht Agroindustrial se posicionou em relação aos constantes registros de Boletim de Ocorrência feitos por pecuaristas de Costa Rica, distante 305 km de Campo Grande. Trabalhos como remoção da palhada antes da produção de vinhaça e visitas frequentes às propriedades da região para combater a proliferação de moscas, são atitudes que vem sendo tomadas pela usina.

Os fazendeiros reclamam da quantidade de moscas que surgem por causa da vinhaça produzida na usina, atrapalhando na criação do gado, já que a picada dos insetos no bovinos, é dolorosa e contribui na perda de peso dos animais.

Em entrevista ao Campo Grande News, o superintendente do Polo Taquari da Odebrecht Agroindustrial, Luiz Paulo Sant'Anna, afirma que com essas medidas que estão sendo tomadas, já tem como notar a diminuição do inseto. "Desde o início do ano, fizemos 252 visitas em 25 fazendas e tomamos iniciativas determinadas pela Embrapa para que a população de mosca possa diminuir, e 50% já desapareceu", informou.

Sant'Anna avaliou ainda que em 2015, as chuvas estão prolongadas e mais constantes, contribuindo para o aumento dos insetos. "As chuvas terminam geralmente em abril ou maio e ainda está chovendo, dificultando a retirada completa da palha. É bom lembrar também, que s moscas não são oriundas apenas da vinhaça, elas surgem de matéria orgânica", comentou.

O superintende disse ainda que um diálogo direto e aberto aconteceu no último dia 2 de julho, entre representantes da usina e pecuaristas. "Estiveram presentes seis pecuaristas que representaram os demais que têm fazendas nas regiões da usina e o diálogo foi direto e aberto para que juntos, se consiga uma solução para o problema", explicou.

Uma equipe da usina foi montada para fazer as visitas nas fazendas que acontecem semanalmente, para orientar pecuaristas e moradores com relação a proliferação das moscas. "Se a equipe encontra em um determinado local uma grande população do inseto, é aplicado veneno para acabar com isso", definiu.

Para ele, os constantes boletins de ocorrências que estão sendo feitos, é de um pequeno grupo de fazendeiros, que não querem mais receber as visitas. "Nossa equipe ia nas propriedades dessas pessoas, mas eles decidiram não nos receber mais. Acredito que sejam eles que estão tomando essa atitude. Mas é bom lembrar que as moscas infelizmente não são oriundas apenas do canavial, elas nascem em qualquer local", afirmou.

As reuniões com os pecuaristas serão feitas mensalmente e a Prefeitura de Costa Rica vai pagar por um inspetor para acompanhar as atitudes tomadas na usina. "O inspetor será escolhido pelos pecuaristas para avaliar nossas atividades. Eu acho isso bom, porque assim, os fazendeiros podem enxergar que estamos fazendo o nosso melhor", finalizou.

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