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Interior

“Vamos ficar muito tempo na fronteira”, diz comandante do Exército

General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva esteve hoje em Corumbá e no Posto Pacuri, em Ponta Porã

Por Helio de Freitas, de Dourados | 15/11/2023 19:02
General Tomás Paiva (centro) conversa com militares em barreira na BR-463 (Foto: Tião Prado/Ponta Porã Informa)
General Tomás Paiva (centro) conversa com militares em barreira na BR-463 (Foto: Tião Prado/Ponta Porã Informa)

O comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, chegou nesta quarta-feira (15) a Mato Grosso do Sul para acompanhar a Operação Ágata Fronteira Oeste II, iniciada no dia 6 deste mês por determinação de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em Corumbá, na área da 18° Brigada de Infantaria do Pantanal, ele visitou pontos de bloqueio fluviais do Exército no Rio Paraguai. Depois, de helicóptero, seguiu para Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e foi até o Posto Pacuri, na BR-463, onde equipes da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada mantêm fiscalização.

O general lembrou que a Operação Ágata existe desde a criação do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, instituído em 16 de novembro de 2016, mas era feita com menor intensidade e com menos tempo de duração.

“Essa operação de agora é mais prolongada. Têm as outras operações GLO [Garantia da Lei e da Ordem] a cargo da Marinha e da Força Aérea em portos e aeroportos. Ao Exército coube a intensificação da Operação Ágata na faixa de fronteira no Centro-Oeste, englobando o Paraná. Esse é o objetivo: vamos ficar bastante tempo aqui para garantir a segurança nessa área da fronteira, apoiando as organizações de segurança pública”, afirmou Tomás Paiva.

“A fronteira está sendo mais vigiada, para a gente poder garantir melhor a segurança do nosso país”, declarou o general em rápida entrevista após cumprimentar os militares de serviço no ponto de controle na rodovia que liga Ponta Porã a Dourados.

O comandante defendeu maior presença do Exército Brasileiro em nas fronteiras e lembrou que a corporação já atua de forma mais efetiva na Amazônia.

“[A operação] se encontra com os anseios da população e também com os nossos, que estamos amparados na Lei Complementar 97/99, que prevê, como missão subsidiária do Exército, atuar na faixa de fronteira, podendo fazer revistar pessoal, revistar veículos, patrulhar as vias e fazer prisões em flagrante”, disse Tomás Paiva.

Do Posto Pacuri, o comandante seguiu de carro até o posto da PMR (Polícia Militar Rodoviária) na rodovia MS-386, que liga Ponta Porã a Amambai – importante rota do crime organizado na fronteira. O Exército também mantém equipes no local. A reportagem apurou que ele deve dormir em Ponta Porã e retornar a Brasília nesta quinta-feira.

Ponto de controle do Exército em rodovia na fronteria de MS com o Paraguai (Foto: Divulgação)
Ponto de controle do Exército em rodovia na fronteria de MS com o Paraguai (Foto: Divulgação)

A operação – A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, com sede em Dourados, mobilizou 800 militares e 170 viaturas para reforçar a segurança na faixa de fronteira com o Paraguai que vai da confluência do Rio Perdido com o Rio Apa, no município de Caracol, até o município de Mundo Novo.

As ações ocorrem em conjunto com órgãos de segurança pública e de fiscalização, entre os quais as polícias estaduais, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a Polícia Federal.

A Ágata Fronteira Oeste II foi deflagrada em decorrência do decreto 11.765, assinado em 1º de novembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou emprego de tropas das Forças Armadas, por um período de seis meses, na faixa de fronteira de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, para fortalecimento das ações de combate aos ilícitos transfronteiriços e ambientais. (Colaborou Tião Prado, de Ponta Porã)

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