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Cidades

Rio é estratégico, mas plano contra crime mira fronteira de MS dominada pelo PCC

Sejusp e CMO já iniciaram tratativas para traçar estratégias e intensificar fiscalização

Por Jackeline Oliveira | 03/11/2023 08:12


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro da Justiça, Flávio Dino, no anúncio das medidas (Foto/Agência Brasil)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro da Justiça, Flávio Dino, no anúncio das medidas (Foto/Agência Brasil)

O decreto para a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi consequência direta da crise no Rio de Janeiro. Mas a ação das facções paulistas aparecem com peso nas ações a serem tomadas, como a presença do Exército nas regiões de fronteira. Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, é nesse viés que está Ponta Porã, local estratégico para o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O anúncio foi realizado na última quinta-feira (1º), quando o presidente Lula apresentou ações para conter o avanço da criminalidade no país. Uma das medidas reflete diretamente em Mato Grosso do Sul, uma vez que o estado possui faixa de fronteira seca de quase 600 quilômetros com o Paraguai.

Os trechos escolhidos no plano de ação são os que abastecem a facção, que usa Mato Grosso do Sul como caminho do narcotráfico, contrabando e descaminho. Também estão na lista a fronteira do país, na região de Mato Grosso e Paraná.

O foco no Rio e em São Paulo, segundo Dino, parte da avaliação de que os polos do crime organizado nos estados têm impacto nacional. "Nosso problema mais agudo são as metrópoles, porque a atividade criminosa se irradia para todo o país", disse, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Conforme publicado pelo Campo Grande News, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e o CMO (Comando Militar do Oeste) já iniciaram as tratativas para definir estratégias para reforçar a segurança nas fronteiras, uma vez que Mato Grosso do Sul é conhecido como o caminho do narcotráfico e contrabando, por conta da proximidade da fronteira do país com Paraguai e Bolívia.

Antônio Carlos Videira, secretário de Justiça e Segurança Pública, antecipou que já iniciou uma conversa com o CMO e que aguarda o agendamento de uma reunião entre Sejusp e o Exército, além disso, explicou como vão conciliar algumas operações que já estão em andamento.

“Vamos congregar com as operações que já acontecem, como a Ágata em Dourados, a Horus que é do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que é permanente e também com a Operação Impacto", disse, referindo-se ao projeto SULMaSSP- Divisas Integradas II, que atua no combate ao crime nas divisas, em parceria com Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Segundo Videira, além de intensificar a segurança nas fronteiras com Paraguai e Bolívia, o estado pretende reforçar as ações também nas divisas com São Paulo e Paraná.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do CMO, mas até a publicação desta notícia não houve retorno.

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