Mãe de Eliza diz que Bruno também queria matar o filho do casal
O primeiro dia de julgamento do goleiro Bruno, acusado de matar a modelo Eliza Samúdio, foi marcado por várias declarações da mãe da vítima, Sônia de Fátima Moura, que mora em Anhanduí, distrito de Campo Grande.
Em entrevista ao site UOL, durante o intervalo do julgamento, Sônia declarou que a intenção de Bruno era também matar o filho que teve com Eliza, e que agora é criado pela avó em Anhanduí.
“A intenção de Bruno era assassinar também a criança, mas minha filha conseguiu proteger a criança. Ela protegeu a criança”, declarou ao site paulistano.
Sônia chegou a Belo Horizonte (MG), cidade vizinha a Contagem, local do julgamento, no sábado (17), e foi informada pelos advogados sobre detalhes do crime que antes não tinha conhecimento. “Senti uma revolta enorme com o sofrimento que minha filha passou antes de morrer, a forma premeditada do crime”.
Além disso, a mãe de Eliza se disse confiante na condenação de todos os réus. “Eu confio na Justiça, na condenação de todos os réus. Eu quero os restos mortais da minha filha”, comentou Sônia durante em frente a diversos veículos, entre eles a Globo Minas.
Julgamento - Bruno Fernandes e mais quatro pessoas são acusados de pelo assassinato de Eliza Samúdio. A jovem teve relacionamento amoroso com Bruno e desapareceu em junho de 2010.
Bruno e Macarrão vão sentar no banco dos réus para responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Bola também responderá pelos mesmos crimes e por ocultação de cadáver.
As ex-mulheres do goleiro, Dayanne do Carmo (legítima) e Fernanda Gomes Castro (amante) serão julgadas pelos crimes de sequestro e cárcere privado. Os júris de Wemerson Marques Souza, o Coxinha, e de Elenílson Vítor da Silva, também acusados no processo, foram desmembrados e serão realizado no ano que vem.
De acordo com o Jornal do Brasil, para a Polícia Civil e o Ministério Público, Eliza foi levada a Minas Gerais pelo amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e pelo primo do goleiro, Jorge Lisboa Rosa, com a falsa promessa do reconhecimento da paternidade do filho da ex-modelo e um apartamento.
A partir daí, Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), até ser levada por Bruno, Macarrão, Jorge e outro primo, Sérgio Rosa Sales, até a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a teria matado, dado partes do corpo dela a cães e sumido com o restante.
Ainda de acordo com a polícia, a intenção do grupo era matar também o filho de Eliza, mas Bruno teria intercedido.