Magistrado decreta a prisão preventiva de Luiz Afonso
Foi decretada nesta tarde, pelo juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal doJúri em Campo Grande, a prisão preventiva do empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, 42 anos, acusado do assassinato da esposa, a arquiteta Eliane Nogueira, 39 anos. O crime completou hoje um mês.
Luiz Afonso estava preso provisoriamente desde o dia em que o corpo de Eliane foi encontrado, carbonizado, no carro dela, que foi incendiado.
Ao conceder o pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, o magistrado afirmou que a permanência de Luiz Afonso preso é "fundamental importância" para o andamento do processo.
Ele ressaltou que o acusado não tem "raízes" em Campo Grande, lembrou que antes do crime estava morando na empresa de sua propriedade, hoje fechada. As dívidas contraídas por Luiz Afonso também são lembradas pelo juiz, assim como a afirmação feita por ele de que não tem família em Campo Grande.
Garcete destacou, ainda, o comportamento agressivo em família do empresário, relatado pelos promotores do caso em sua denúncia. Citou, também, que Luiz Afonso tem três armas registradas em seu nome.
Com a decretação da prisão, o empresário deve ser transferido da carceragem da 4ª Delegacia de Polícia Civil, nas Moreninhas, para um presídio.
O crime - O juiz informa, no despacho, que Luiz Afonso está sendo acusado da prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que difilcutou a defesa da vítima. Ele também foi enquadrado nos crimes de destruição de cadáver e incêndio.
As máximas para estes crimes podem chegar a 30 anos para o homicídio, 3 anos para a destruição de cadáver e 6 anos para incêndio.
O inquérito sobre o caso foi concluído na semana passada pela Polícia Civil e relatado ao Ministério Público Estadual, que manteve o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Welington de Oliveira, responsável pelas investigações.
Em seu despacho, o magistrado elogiou o trabalho feito pela Polícia Civil. "Oxalá que possa se repetir em todos os demais casos sob investigação da Polícia Judiciária", escreveu.