Mato Grosso do Sul tem menos médicos que a média nacional
Proporção é de 2,04 profissionais para cada grupo de mil habitantes
Mato Grosso do Sul tem 2,04 médicos para cada mil habitantes. O dado abaixo da média nacional de 2,18 consta na pesquisa Demografia Médica, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), que também revelou maior percentual de especialistas em relação aos generalistas, assim como a concentração de profissionais na Capital.
Há 5.525 médicos para atender 2,7 milhões de habitantes no Estado. Destes 63,2% são especialistas e 36,8% generalistas. Os homens representam 60,5% dos profissionais em atuação, enquanto as mulheres 39,5%. A idade média é de 43,8 anos e 18,1 de formação.
Se destacam pelo número de especialistas a cirurgia geral (509), pediatria (490), ginecologia e obstetrícia (465), clínica médica (463) e anestesiologia (273), ante a genética médica (4), cirurgia de mão (5), geriatria, medicina esportiva (7), radioterapia e patologia clínica (9).
Em Campo Grande, a proporção é de 3,64 médicos para cada mil habitantes. Isso decorre do fato de que 3.193 (57,6%) dos profissionais do Estados estão concentrados na Capital. O perfil, neste caso, fica mais próximo do equilíbrio entre homens (55,5%) e mulheres (44,5%), já o quadro de especialistas é mais expressivo (70,1%) sobre os generalistas (29,9%).
Brasil - São 452,8 mil profissionais de medicina atuando no país para atender população de 207,7 milhões de pessoas. Os homens são maioria (55,1%), ainda que as mulheres tenham aumentado sua participação de 41% para 44,9% desde o início da demografia em 2010. A idade média entre os médicos é de 45 anos e o tempo de formado de 19 anos.
Para o coordenador da pesquisa, Mário Scheffer, o aumento de especialistas de 55,1% para 62,5% em oito anos reflete não apenas a melhoria na formação, mas também na captura de dados nas bases dos conselhos regionais de medicina, AMB (Associação Médica Brasileira) e CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica).
Concentrando o maior número de especialistas, a clínica médica (11,2%) e cirurgia geral (8,9%) representam ainda pré-requisito para doze e dez especialidades, respectivamente. Em contrapartida, o estudo não conseguiu localizar nenhum especialista em emergência médica, reconhecida recentemente e com poucos centros formadores.